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Primeiro-ministro deve explicações ao país pelo falhanço na saúde

Primeiro-ministro deve explicações ao país pelo falhanço na saúde

O Secretário-Geral do Partido Socialista acusa o Governo da AD de estar a deixar o Serviço Nacional de Saúde cada vez mais vulnerável nas vésperas do Inverno, exigindo ao primeiro-ministro explicações pelo agravamento da crise hospitalar e lembrando que o PS apresentou, ainda no verão, soluções concretas para evitar o “ponto crítico” que agora se aproxima.

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No âmbito da iniciativa ‘Rota pela Coesão e Valorização das Pessoas’, no distrito de Setúbal, José Luís Carneiro sublinhou o contraste entre o investimento realizado por executivos do PS e o que considerou ser agora “o contraponto do desinvestimento deste governo, neste distrito, no domínio da saúde”.

Em declarações aos jornalistas, o líder socialista referiu-se às problemáticas da saúde e da habitação, sublinhando, relativamente à primeira, que “os investimentos decididos pelos governos do PS no distrito de Setúbal se traduziram em mais de 11 novas unidades de saúde e também na requalificação de 3 das 4 urgências”.

Estes resultados, vincou, “têm o contraponto do desinvestimento deste governo”, que encontra “no caos da gestão da emergência hospitalar o exemplo mais acabado”.

À saída da reunião do Secretariado Nacional do PS, que decorreu, ontem à noite, em Setúbal, José Luís Carneiro foi direto nas críticas ao chefe do executivo de direita.

“O primeiro-ministro falhou abruptamente na sua primeira prioridade em relação à saúde. Tinha prometido reduzir o tempo de espera das cirurgias oncológicas e hoje tornou-se público o relatório de avaliação do desempenho do Serviço de Saúde, que mostra que houve uma quebra de 20% no terceiro trimestre deste ano”, apontou, lembrando que as metas anunciadas pelo executivo de Luís Montenegro não se têm verificado na prática.

Questionando a resposta do Governo, o líder socialista afirmou que “perante a estupefação que manifestou a ministra da Saúde, o primeiro-ministro tem o dever de explicar ao país o que é que justifica esta quebra de 20% nas cirurgias oncológicas”.

E acrescentou que o problema deixou de ser exclusivo da tutela da Saúde, exigindo explicações claras a Luís Montenegro.

“Já ninguém consegue esconder que foram dadas ordens para reduzir o investimento na saúde, na aquisição de bens e serviços na ordem dos 10%. É o primeiro-ministro que responde pela política do Governo e é o primeiro-ministro que tem de dar explicações”, enfatizou.

Falha grave nas políticas sociais

O relatório a que José Luís Carneiro se referiu aponta, além da queda nas cirurgias oncológicas, para um aumento dos internamentos sociais.

Sobre esta matéria, o líder do PS alertou para o facto de haver “uma falha grave das políticas sociais do Governo”.

Preocupado com o aumento dos internamentos sociais, José Luís Carneiro referiu que este “já era um problema de que padecia o sistema anteriormente”.

Por isso, lembrou que durante a última governação socialista “estava em curso uma política para o regresso a casa dos falsos acamados hospitalares”.

“O que mostra este relatório é que o problema se agudizou agora em mais de 20%”, revelando uma “crise social no país que se agravou nos último e, consequentemente, “demonstrando o falhanço das atuais políticas de solidariedade e de constituição de uma rede de retaguarda para apoiar estes idosos”.

Por último, e com um inverno a instalar-se e, com ele, a expetativa de maior pressão sobre o SNS, José Luís Carneiro recordou que o PS apresentou, em julho passado, uma proposta concreta para melhorar a coordenação da emergência hospitalar e voltou a pedir a sua implementação.

“Apresentei no verão uma proposta para a gestão e para a coordenação da emergência hospitalar. Estamos às portas do Inverno e a pergunta é, de novo, quando é que o Governo tem intenção de pôr em prática essa unidade de coordenação de emergência hospitalar”, questionou, interpelando diretamente ao primeiro-ministro e alertando para a iminência de “um ponto crítico” na Saúde em Portugal “sem que haja, até agora, uma resposta em relação a esta proposta feita pelo Partido Socialista”.

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