De acordo com o ministro das Finanças, que estava acompanhado pelo ministro do Planeamento, Nelson de Souza, o importante agora “é não perder o ritmo e executar o plano”, lembrando que todas as previsões apontam para que o primeiro desembolso, de cerca de 2,1 mil milhões de euros, aproximadamente 13% do total da verba que Portugal vai receber, chegue já “nos próximos dias”, com o restante dinheiro do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) a entrar nos cofres do Estado português ao longo dos próximos cinco anos.
Uma verba global, ainda segundo o ministro das Finanças, que vai acrescentar cerca de mais “22 mil milhões de euros” à economia portuguesa, colocando o PIB nacional, no final de 2025, “3,5% acima do que se teria verificado num cenário sem PRR”.
Passar à fase seguinte: executar
Tal como defendeu ontem João Leão, o Governo português não ambiciona agora apenas e só apostar numa recuperação sólida da crise, mas avançar mais no sentido de construir “um país mais competitivo, mais verde e mais resiliente”, pelo que a palavra de ordem, como referiu, é a de “executar, executar, executar”.
Também o ministro do Planeamento, Nelson de Souza, se referiu à importância deste acordo com vista à consolidação da economia portuguesa, defendendo que o essencial passa agora de imediato “para a fase subsequente, mas também a mais exigente”, de executar as verbas disponibilizadas. De acordo com a garantia do ministro, o Governo está preparado para tomar “todas as precauções necessárias”, quer em relação a acautelar o uso apropriado destes fundos do PRR, quer “com as medidas para prevenir, detetar e corrigir situações de eventuais fraudes, de corrupções e de conflitos de interesses”.
Recorde-se que o Ecofin aprovou no passado dia 13 de julho, a par de outros 12 planos nacionais, o PRR português, no valor global de 16,6 mil milhões de euros, dos quais 13,9 mil milhões de euros a fundo perdido e os restantes 2,7 mil milhões em forma de empréstimo em condições particularmente favoráveis.