Previsões da Comissão Europeia não justificam alteração aos objetivos do governo
Reagindo às previsões de Bruxelas, o Ministério das Finanças assegurou que vai cumprir as metas inscritas no Programa de Estabilidade, afirmando que nada justifica proceder a qualquer alteração nos objetivos definidos.
Neste sentido, o Ministério das Finanças reiterou, em comunicado hoje divulgado, que vai cumprir as metas traçadas no Programa de Estabilidade, tendo ainda assegurado que as previsões divulgadas por Bruxelas, mais pessimistas do que as do Governo, não justificam “qualquer alteração aos objetivos definidos”.
Perante as dúvidas levantadas pela Comissão Europeia, que prevê mais défice orçamental e menos crescimento económico para Portugal, não só para este ano como para 2017, o Ministério das Finanças reagiu afirmando que acredita que conseguirá cumprir as metas traçadas no Programa de Estabilidade, designadamente, como refere, através da “rigorosa execução das suas medidas de política económica”.
O Ministério tutelado por Mário Centeno sublinha a “forte estimativa em baixa” do défice feita agora nas previsões de primavera pela União Europeia, quando em fevereiro, nas estimativas de inverno, previa um défice de 3,4% do produto, confirmando que Portugal sairá em 2016 do procedimento de défice excessivo
Mostrando-se confortável com as estimativas e as metas traçadas pelo Programa de Estabilidade, o Ministério das Finanças lembra que são já claros os dados que apontam para o relançamento da atividade económica em Portugal, nomeadamente, como destaca, quer pela “visível redução do desemprego”, quer pelo “”forte crescimento das exportações”.
Bruxelas mais próxima de Portugal
Também o ministro da economia, Manuel Caldeira Cabral, considerou que as previsões económicas de primavera da Comissão Europeia, hoje tornadas públicas, mostram que Bruxelas, ao contrário do que muitos analistas e políticos da oposição em Portugal se apressaram a afirmar, “está mais próxima de acreditar nas metas do Governo português”.
E isto, lembra o titular da pasta da Economia, porque Bruxelas “baixa substancialmente” nestas previsões de primavera o défice das contas públicas portuguesas, que nas previsões de inverno eram de 3,4% e que agora são de 2,7% do PIB, o que sendo ainda um valor superior ao previsto pelo Governo português, diz Manuel Cadeira Cabral, está todavia “mais próximo das nossas previsões”.
Para o governante “o Governo continua a acreditar nas suas previsões”, razão porque “estamos a trabalhar para que elas se concretizem”.
Quanto ao crescimento da economia, Manuel Caldeira Cabral frisou que tem havido muitas previsões, “umas mais pessimistas e outras menos”, lembrando contudo a este propósito que, no final do ano passado, o ritmo de crescimento “estava a arrefecer”, sendo preciso inverter, como referiu, esta tendência e “acelerar o crescimento e o investimento”.