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Presidente da IS: É preciso “vontade política e democrática para fazer mudanças”

Presidente da IS: É preciso “vontade política e democrática para fazer mudanças”

No decurso do 24.º Congresso da Internacional Socialista (IS), na Cidade do Cabo, África do Sul, o presidente George Papandreou realizou um discurso, no qual abordou diversos temas, como a crise financeira instalada, o desemprego e o verdadeiro significado de alguns valores, como a liberdade.

Segundo o líder da IS, a economia global continua em crise. No seu discurso, citou o último livro de Gordon Brown: “O argumento de que a economia opera de acordo com leis de ferro e o papel dos homens e das mulheres é viver com o que essas leis ditam, rebaixa a nossa humanidade”. “Apesar do desemprego em massa e sofrimento que testemunhamos”, acrescentou.

Assegurou que existem sempre soluções, que ainda não foram adotadas. Porque, explicou, “esta ingenuidade humana precisa de ser acompanhada pela vontade política e democrática para fazer essas mudanças”.

Segundo Papandreou, “a vontade política tem faltado na Europa e por todo o mundo”, e a “inércia continua a atingir a economia global”.

Defendeu que, para se pôr em prática as alternativas necessárias, é preciso haver cooperação, coordenação e estruturas de governação regionais e globais.

George Papandreou realçou que não podem ser os mercados a definir os valores e as regras, mas sim toda a sociedade.

No discurso, lembrou que os partidos que constituem a Internacional Socialista fizeram propostas na Europa para minimizar os riscos da economia, como por exemplo criar uma união bancária, uma agência de rating para o crédito europeu e eurobonds.

“A competitividade não deve ser promovida através de uma corrida para o fundo, mas através de uma corrida para o topo”, declarou.

“Precisamos da regulamentação certa do mercado e da governação global que irá promover um novo modelo de crescimento sustentável e saudável”, afirmou.

Após se questionar sobre o verdadeiro significado de “liberdade” e de constatar que atualmente, na Europa, essa liberdade não está a ser respeitada, afirmou: “Para nós a liberdade tem um significado muito diferente”.

Deu alguns exemplos, tais como a emancipação das mulheres, a liberdade para os cidadãos se sentirem seguros e de terem direito a uma educação de qualidade, liberdade longe da injustiça e opressão, da fome e da pobreza.

Ao terminar o seu discurso, lembrou que quem estava presente pertencia a um movimento internacional, sendo a sua maior força os partidos que o constituem, e apelou a que o trabalho no combate à crise financeira seja continuado.

Leia aqui o discurso integral.