António Costa lembrou que Portugal se tinha comprometido a oferecer 5% do total de vacinas, mas as contas mais recentes permitem disponibilizar mais, pelo que “iremos triplicar e passar o número de vacinas a distribuir de um milhão para três milhões”.
“De acordo com o cálculo das vacinas que poderemos disponibilizar”, será possível doar “um total de quatro milhões de vacinas”, acrescentou ainda, explicando que este milhão adicional será afetado “a outros programas, designadamente ao Brasil, aos países da América Latina, ou simplesmente integrar o mecanismo Covax, sem nenhum destinatário específico”.
Para o primeiro-ministro, sendo essencial que Portugal mantenha o rigor no seu processo de imunização comunitária, tal não implica, como salientou, que se deixe para trás a imunização à escala global, referindo que se não se avançar de forma sustentada com este processo “nenhum de nós está verdadeiramente protegido”. Neste sentido, António Costa fez questão de sublinhar que “tem existido um esforço de solidariedade grande nesta fase de combate à pandemia de Covid-19, quer em termos de apoio técnico, quer de partilha de vacinas” entre os países da comunidade lusófona.
Tal como António Costa, também o ministro dos Negócios Estrangeiros destacou o facto de Portugal ter um histórico de ajuda aos PALOP na área da saúde, “não só ao nível do fornecimento de vacinas”, referindo, designadamente, o fornecimento de analgésicos para o Brasil ou o fornecimento aos restantes países da CPLP de ventiladores, equipamentos de proteção individual, camas, consumíveis ou recursos para testes e análises clínicas, para além do apoio “à investigação e produção de vacinas no mecanismo Covax”, que segundo Augusto Santos Silva “já levou ao investimento de 10 milhões de euros por parte de Portugal”.