Portugal vai poder pescar em 2017 mais espécies e de maior valor comercial
A União Europeia aprovou esta madrugada, em Bruxelas, um acréscimo das quotas para a pesca portuguesa em 2017, em cerca de 11%, uma decisão que a ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, classificou como uma “excelente notícia” e como a “melhor de sempre” para Portugal.
Depois de uma maratona negocial que durou até às duas da manhã, hora de Portugal, os ministros do Mar da União Europeia decidiram aprovar um acréscimo no total de 11% nos valores fixados por quotas, o que vai corresponder a quase 121 mil toneladas que poderão ser capturadas no próximo ano.
Uma notícia que deixou a ministra Ana Paula Vitorino muito satisfeita, considerando-a como “uma excelente notícia e a melhor de sempre para Portugal”.
Segundo a governante, esta decisão da UE vai permitir que Portugal, em 2017, aumente as suas quotas de pesca em espécies “com bastante valor”, caso do tamboril, biqueirão e do bacalhau, não se tendo verificado, por outro lado, os cortes inicialmente propostos pela Comissão Europeia de 35,9% para as quotas da pesca da pescada, que acabaram por não se concretizar, tendo essa percentagem ficado apenas pelos 5%.
Defendendo que esta decisão é também “uma boa notícia para a União Europeia”, uma vez que o estado das espécies envolvidas nestas quotas “estão bastante melhores”, a governante fez questão de salientar, a este propósito, que quer os aumentos, quer a não diminuição das quotas para níveis tão elevados, designadamente para a pescada, como inicialmente se previa, foram conseguidos com “fundamentação científica” e “muito apurada”, resultando daqui, como defendeu Ana Paula Vitorino, que estes valores “são bons”, quer do ponto de vista socioeconómico, quer na perspetiva da “sustentabilidade das espécies e do pilar ambiental”.
A ministra teve ainda ocasião de garantir aos restantes ministros das Pescas da União Europeia o “bom estado dos stocks de pescada” em águas nacionais, mostrando-se satisfeita por a quota de pesca desta espécie não ter sofrido um corte tão elevado como inicialmente defendia a UE, mas apenas uma redução de 5%.