Portugal tem de acelerar execução do quadro comunitário para recuperar o tempo perdido
António Costa defendeu hoje que Portugal “tem de recuperar o tempo que perdeu com o relançamento do quadro comunitário”, porque “não pode deixar para os penaltis nem para o prolongamento” o que precisa de fazer para fomentar o desenvolvimento.
Em Vila Nova de Famalicão, onde presidiu à assinatura de dois contratos de investimento da multinacional Continental, o primeiro-ministro realçou que Portugal tem sido alvo de investimento estrangeiro. “Desde janeiro, só na área do investimento estrangeiro foram assinados contratos no valor de 345 milhões de euros e estão em fase de conclusão contratos de 540 milhões de euros”, disse.
Segundo António Costa, “não podemos deixar nem para os penaltis, nem para o prolongamento, nem para o último minuto aquilo que temos de fazer que é recuperar o tempo que se perdeu no relançamento deste quadro comunitário 2020. Recuperar o tempo perdido e de preferência ainda na primeira parte do jogo ganhar a vantagem que nos garante a vitória neste quadro comunitário”.
O primeiro-ministro elogiou a escolha da Continental que decidiu fixar o seu novo produto pneus radiais agrícolas que deverão estar no mercado no final de 2017 em Lousado, uma zona industrial de Famalicão, distrito de Braga, lembrando que esta multinacional “tinha 20 fábricas em todo o mundo para escolher onde ia fazer” um investimento que tem como “base a inovação tecnológica e a qualidade”.
António Costa sublinhou que “este não é um investidor que vem à descoberta do desconhecido. É um grande sinal de confiança de quem conhece Portugal. Sabemos que agora já não somos competitivos com base nos baixos salários. Não olhamos para o futuro do nosso país com a visão de miséria. Olhamos para o futuro do nosso país com a mesma visão de ambição com que a Continental olha para o seu próprio futuro”.
O primeiro-ministro salientou ainda que o Governo está a trabalhar no relançamento da economia através de dois eixos, juntando à “aceleração” do quadro comunitário a “reposição do rendimento das famílias”.
Estes dois novos contratos, hoje assinados, representam um investimento da Continental no valor de 50 milhões de euros e que deverá criar mais 125 postos de trabalho na unidade da empresa.