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Portugal Smart Cities Summit: Transporte coletivo é essencial para a sustentabilidade ambiental

Portugal Smart Cities Summit: Transporte coletivo é essencial para a sustentabilidade ambiental

A utilização dos transportes públicos coletivos é “absolutamente essencial” para garantir um futuro sustentável e para alcançar a neutralidade carbónica até 2050, disse ontem o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes.

João Pedro Matos Fernandes, Portugal Smart Cities Summit

O ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, participou esta terça-feira na abertura da Portugal Smart Cities Summit, onde salientou que “é absolutamente essencial” desenvolver políticas públicas com vista a promover a utilização dos transportes coletivos em detrimento do transporte individual, nomeadamente, nos grandes centros urbanos, sendo que, para isso, o ministro considera que é necessário reforçar a oferta das transportadoras.

“Não há volta a dar. Não pensem de outra forma. Neste momento a oferta de transportes coletivos em cidades como Lisboa e Porto é a mesma que era há dois anos. A procura é de apenas 60%”, disse o governante.

Além dos ganhos ambientais e energéticos, a utilização do transporte coletivo permite obter ganhos económicos para os utilizadores, sobretudo por via dos investimentos “relevantes” e do “impacto brutal” da redução dos tarifários.

“Não há ninguém, sobretudo nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, que nalgum momento possa dizer [que] é mais barato ir de carro numa deslocação. Isso não existe. Ou seja, é mesmo falta de vontade”, sublinhou.

O ministro salientou o papel que as autarquias locais podem assumir no sentido de alcançar a neutralidade carbónica em 2050.

“Sei que o esforço é enorme e só as cidades e as autarquias sabem bem fazer e interpretar aquilo que é a obrigação que todos temos de sermos neutros em carbono em 2050”, destacou Matos Fernandes, salientando que “só as cidades e as autarquias e os seus responsáveis políticos locais” são capazes de escolher “as políticas mais certas para os territórios urbanos, porque só assim nós conseguimos mesmo fazer este caminho”.

Durante a sua intervenção, João Pedro Matos Fernandes referiu-se, também, à conferência do Ambiente de Glasgow, reiterando que o acordo final “tão longe como se devia ir”.

A Portugal Smart Cities Summit, organizada pela Fundação AIP, decorre até quinta-feira e terá 12 sessões com mais de 70 oradores que se vão debruçar sobre o papel que as novas tecnologias podem ter para tornar as cidades mais eficientes e sustentáveis.

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