Portugal saúda acordo entre UE e Reino Unido

“Saúdo vivamente o acordo alcançado com o Reino Unido que regerá a relação com a UE a partir de 1 janeiro. O Reino Unido permanecerá, além de nosso vizinho e aliado, um importante parceiro”, salientou António Costa.

O primeiro-ministro português deixou, ainda, um agradecimento à presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, ao responsável da Comissão pelas negociações com Londres, Michel Barnier, bem como a toda a equipa negociadora da União Europeia “pelo intenso trabalho”, levado a bom porto.

O titular da pasta dos Negócios Estrangeiros, por seu lado, considerou que o acordo alcançado “é uma boa notícia” que “significa muito para Portugal” e para quem vive e trabalha nos dois países.

“O acordo é também uma boa notícia para os portugueses residentes no Reino Unido e para os britânicos residentes em Portugal. Eles sabem que vivem e trabalham em países amigos”, afirmou Augusto Santos Silva, realçando que o entendimento significa “melhores condições” para desenvolver a relação económica com “o nosso primeiro parceiro fora da UE e a principal origem de turismo para Portugal”, assim como “a continuação de uma relação muito próxima com o nosso mais antigo aliado”.

Acordo entre União Europeia e Reino Unido

A União Europeia e o Reino Unido chegaram a um acordo comercial pós-‘Brexit’ na passada quinta-feira, anunciado pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em Bruxelas.

A uma semana do final do “período de transição” para a consumação do ‘Brexit’ e da saída do Reino Unido da União Europeia, Bruxelas e Londres evitaram assim uma saída desordenada, estabelecendo um acordo de comércio livre que regerá as relações futuras.

Sublinhando que o acordo agora alcançado “evita perturbações maiores para trabalhadores, empresas e viajantes após 1 de janeiro”, Von der Leyen sublinhou, com “alívio”, a importância deste virar de página.

“A todos os europeus, digo: é tempo de deixar o ‘Brexit’ para trás. O nosso futuro é feito na Europa”, disse.

O acordo entrará em vigor em 1 de janeiro de 2021, sendo aplicado de forma provisória até 28 de fevereiro, até ficar concluído o processo de apresentação dos termos do compromisso ao Conselho Europeu e ao Parlamento Europeu, a par da sua aprovação pela Câmara dos Comuns do Reino Unido.

Na eventualidade da ausência de um acordo, as relações comerciais entre UE e Reino Unido passariam a ser regidas pelas regras da Organização Mundial do Comércio, o que implicaria a aplicação de taxas aduaneiras e quotas de importação, situação que o compromisso agora alcançado veio ultrapassar.