No périplo que realizou ao distrito de Braga, no âmbito da iniciativa ‘Governo + Próximo’, o primeiro-ministro inaugurou ontem em Fafe uma nova unidade fabril, tendo na ocasião saudado o aumento das exportações e o relevante investimento dos empresários. Uma decisão que, segundo António Costa, é um “sinal de confiança que o país precisa de sentir”, destacando a este propósito que em 2022, “pela primeira vez, 50% do total da riqueza nacional (PIB) resultou das exportações”.
António Costa falava nas novas instalações da empresa ‘Lingote Alumínios”, situada na zona industrial de Fafe, uma unidade que integra o grupo multinacional belga ‘Corialis’, que se dedica em exclusivo à extrusão de alumínios, a segunda maior empresa do setor a operar na Península Ibérica, e que em Portugal emprega atualmente 400 trabalhadores, prevendo atingir em 2023 um volume de negócios de 104 milhões de euros, destinando-se mais de 50% da sua produção ao mercado externo.
Depois de sinalizar que a indústria metalomecânica é, em Portugal, “o primeiro setor exportador” e de destacar a subida exponencial, “ano após ano”, dos investimentos das empresas, dando a este propósito o exemplo de 2022, em que o investimento privado chegou aos 32 mil milhões de euros, António Costa lembrou que, ao contrário do que alguns insistentemente afirmam, não são o turismo e os serviços que representam o maior peso nas exportações, mas os bens que são produzidos na atividade industrial.
Para além de ter presidido à inauguração desta empresa de alumínios em Fafe, o primeiro-ministro visitou ainda outras três unidades fabris exportadoras, igualmente sediadas no distrito de Braga, uma do setor têxtil, outra da área da construção civil e uma terceira da metalomecânica.
Exportações atingem níveis máximos
Já no vizinho concelho de Guimarães, durante o almoço com empresários da Associação Empresarial do Minho, António Costa, que se fez acompanhar pela ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, e pelos ministros da Economia, António Costa Silva, e da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, lembrou que, apesar da pandemia que “parou o mundo inteiro”, mas também da guerra desencadeada pela Rússia na Ucrânia ou pelo aumento dos preços da energia, Portugal conseguiu manter o desemprego em níveis assinalavelmente baixos, enquanto que a economia, como também referiu, “está a crescer como há muitos anos não crescia”.
Dados que para o primeiro-ministro desmentem em absoluto o cenário insistentemente apontado pela direita, assumindo que, não obstante Portugal ter passado e continuar a passar por diversas contrariedades, sendo exemplo disto a inflação que hoje atinge índices como já não se viam há décadas, “o emprego está no máximo, as empresas não fecharam e continuam a exportar como nunca exportaram e a economia está a crescer como há muitos anos não se via”, havendo, portanto, como também destacou, “todas as condições para que Portugal possa dar um grande salto em frente”.