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Portugal reafirma que compromisso com a NATO é “claro e permanente”

Portugal reafirma que compromisso com a NATO é “claro e permanente”

O pacto de Portugal com a NATO “tem sido claro e permanente”, garantiu o primeiro-ministro, afirmando que o país se orgulha não apenas ser um membro fundador da Organização do Tratado do Atlântico Norte, mas também uma nação ativamente empenhada e “participante em todas as suas múltiplas operações e missões”.

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“É com orgulho” que Portugal tem mantido com a Aliança Atlântica uma relação clara e permanente, defendeu o primeiro-ministro ontem em Oeiras, nas instalações da NATO, lembrando que este estreito vínculo ficou uma vez mais patenteado quando no ano passado, em plena crise da covid-19, o país manteve não só uma ativa participação em todas as ações para que foi solicitado, como teve “a honra” de ver a sua Armada “assumir o comando de uma das operações navais realizadas no Atlântico”.

O primeiro-ministro falava no início da visita que efetuou às instalações da Academia de Comunicações e Informações da NATO, em Oeiras, onde foi assinalar a abertura oficial deste equipamento, uma deslocação onde esteve acompanhado pelo ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, e pelo secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, tendo na altura reafirmado o “orgulho” que Portugal tem de ser um dos membros fundadores da Organização do Tratado do Atlântico Norte, mas também de ter sempre participado “em todas as horas e nas mais diversas operações onde a NATO está envolvida”, desde as “mais simples às mais complexas, sejam quais forem os teatros de operações”.

Depois de elogiar e de se mostrar novamente “honrado” por Portugal acolher uma “tão moderna e avançada estrutura de educação e treino”, como é a Academia de Comunicações e Informações da NATO, em Oeiras, o primeiro-ministro lembrou como é crescente, importante e decisiva a procura a nível mundial da cibersegurança, uma busca que corre a par de “outros tipos de educação e de treino com ela relacionados”, como assinalou, áreas que esta Academia está “habilitada a fornecer”, reafirmando António Costa que direta ou indiretamente, “vai contribuir para a proteção e resiliência das infraestruturas críticas e dos muitos sistemas de informação” dos quais as sociedades modernas “cada vez mais dependem”.

Esta nova escola de comunicações e sistemas de informação da NATO, sedeada em Oeiras e que anteriormente estava localizada em Latina, na Itália, resultou de um compromisso assumido em 2010 na sequência da reorganização dos comandos da NATO, uma mudança que vai permitir, por um lado, como lembrou o primeiro-ministro, “treinar e preparar em Portugal os principais comandos de forças da NATO”, como apetrechar o país com um novo equipamento que permitirá criar importantes mais-valias na área da inovação o que abrirá “novas oportunidade e estimulantes parcerias com diversos públicos de interesse incluindo a academia e a indústria portuguesas”.

Condenação do Governo da Bielorrússia

Antes da deslocação a Oeiras, o primeiro-ministro tinha já recebido o secretário-geral da NATO em São Bento, tendo manifestado, na conferência de imprensa no final deste encontro, o mais absoluto repúdio pela forma como o Governo da Bielorrússia forçou a aterragem em Minsk de um avião civil, garantindo que o regime de Lukashenko “ultrapassou todas as linhas vermelhas”.

Para António Costa “é preciso um regime sentir-se muito ameaçado pelas forças democráticas internas” para desencadear um ato “absolutamente inimaginável” ao desviar um avião civil, que na altura atravessava o espaço aéreo bielorrusso e que voava entre duas capitais europeias, de dois países da NATO, apenas e só, com o objetivo “de deter um jornalista da oposição e a sua companheira”.

Este ato, ainda segundo António Costa, “é absolutamente inaceitável” quer do ponto de vista da lei internacional, quer da proteção dos direitos humanos, o que levou a União Europeia, como referiu, a interditar o uso do espaço aéreo europeu a qualquer aeronave da Bielorrússia, e a aconselhar a que todas as companhias aéreas europeias não se aproximarem do espaço aéreo da Bielorrússia, exigindo também, “a imediata libertação não só dos dois detidos, como também de todos os presos políticos”.

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