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Portugal quer duplicar peso da economia marítima com aposta na inovação

Portugal quer duplicar peso da economia marítima com aposta na inovação

A promoção da candidatura à extensão da sua plataforma continental é o principal objetivo estratégico que Portugal vai levar à cimeira dos oceanos que se realiza esta semana em Bali, destacou a ministra do Mar, na véspera da iniciativa da revista “The Economist”.
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Ana Paula Vitorino afirmou ainda a ambição do Governo português em duplicar o peso da economia do mar ao longo dos próximos anos, que representa atualmente 3,1 por cento do Produto Interno Bruto do país, aproveitando na plenitude o quadro comunitário de apoio em vigor até 2020 e apostando cada vez mais na inovação e investigação.

Salientando que a economia marítima requer um desenvolvimento sustentável, indo ao encontro de um dos temas dominantes desta cimeira, a governante destacou que Portugal “é um bom exemplo do melhor que se faz no mundo” em projetos inovadores nesta área, dotado de “excelentes centros de investigação”.

A ministra defendeu ainda que a estratégia de modernização dos portos portugueses, que o Governo tem vindo a desenvolver, com mais meios tecnológicos, é essencial para que as infraestruturas portuárias sejam “plataformas para novas economias e atividades económicas” ligadas ao mar, assentes em novas empresas e inovação.

Na cimeira de Bali, explicou Ana Paula Vitorino, o Governo irá também promover e procurar demonstrar “a bondade da candidatura” portuguesa para a extensão da sua plataforma continental, pedida em 2009 e que vai ser discutida este ano nas Nações Unidas, para lá das atuais 200 milhas náuticas da costa.

Considerando que Portugal possui já uma plataforma continental “muito razoável, das maiores a nível internacional”, a governante sustentou, no entanto, a ambição do país como correspondendo à necessidade de crescimento da sua economia no sector marítimo.

Desta cimeira, que tem este ano a sua quarta edição, juntando responsáveis da União Europeia, governantes, empresas do sector tecnológico e marítimo, e o presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas, Ana Paula Vitorino disse ainda esperar que saiam “compromissos globais assumidos” entre os vários parceiros.