Portugal quer acelerar vacinação contra a Covid-19 na União Europeia
“Em primeiro lugar, trabalharemos com todos os Estados-membros [da União Europeia] para que os nossos planos de vacinação possam ser aplicados de modo a que o objetivo da imunização dos cidadãos europeus contra a Sars-CoV-2 seja atingido o mais rapidamente possível, sem perder de vista uma ação coordenada na prevenção, mitigação e combate à doença”, garantiu esta segunda-feira a ministra da Saúde, Marta Temido.
Falando momentos antes da reunião informal dos ministros da Saúde da União Europeia, Marta Temido garantiu “que a presidência portuguesa fará da luta contra a covid-19 uma prioridade”.
A ministra referiu que, no âmbito do exercício da presidência portuguesa, Portugal “procurará destacar a dimensão diplomática da saúde global, em especial através do aprofundamento de alianças estratégicas com África” e irá, também, perseguir “uma agenda europeia no acesso ao medicamento focado no acesso sustentável, equitativo e universal”.
A ministra da Saúde afirmou que, no domínio da saúde digital, a presidência portuguesa está empenhada em “contribuir para a criação do Espaço Europeu de Dados de Saúde” e, simultaneamente, “trabalhará no sentido do desenvolvimento do debate sobre uma União Europeia da Saúde”.
“Acreditamos que esse é o melhor caminho para vencer a pandemia, para melhorar a resposta de cada um dos nossos sistemas de saúde e para uma Europa mais coesa e justa”, apontou Marta Temido.
Certificado de vacinação
Já na conferência de imprensa após a reunião, Marta Temido disse que a criação de um certificado de vacinação poderá contribuir para “retomar a normalidade” da vida dos cidadãos europeus “nas melhores condições possíveis”.
“Hoje, mais do que nunca, impõe-se uma abordagem comum nos movimentos dos nossos cidadãos em segurança”, defendeu a ministra da Saúde.
Relativamente às informações que poderão constar no certificado, cuja proposta deverá ser apresentada este mês pela Comissão Europeia, a responsável pela pasta da Saúde esclareceu que “um dos aspetos que um documento desse tipo poderá referir é o estado vacinal” dos cidadãos, ou seja, acrescentou, “a circunstância de a pessoa já ter sido ou não vacinada”.
“Mas poderá referir outras informações importantes, por exemplo, quanto à circunstância de a pessoa já ter sido submetida a um teste [de diagnóstico da covid-19] e o resultado desse teste ou informação sobre se a pessoa já teve ou não covid-19”, acrescentou Marta Temido.
A ministra considera que o documento é um “utensílio importante” para que possamos “enfrentar um mundo onde a covid-19 circula como doença”.
Durante o encontro, foram também discutidos outros temas, nomeadamente, as novas variantes da covid-19 e a estratégia de testagem e vacinação nos Estados-Membros da União Europeia (UE).
A reunião informal com os ministros da Saúde dos 27 Estados-membros da UE contou ainda com a presença do vice-presidente da Comissão Europeia Margaritis Schinas, da comissária europeia da Saúde e Segurança Alimentar, Stella Kyriakides, e de representantes da Agência Europeia do Medicamento (EMA) e do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC).