Portugal quer 27 “totalmente focados” nos planos nacionais de recuperação
De acordo com o ministro das Finanças, o pacote de recuperação e resiliência da economia europeia “está agora mais perto de poder ser concretizado” depois de na passada semana o presidente do Parlamento Europeu e o primeiro-ministro português, António Costa, que neste primeiro semestre de 2021 lidera o Conselho da União Europeia, terem “dado o passo decisivo” ao assinarem o regulamento do plano europeu.
Com esta aprovação, ainda segundo o ministro das Finanças, fica aberta a porta para que “já a partir do final desta semana” os Estados-membros possam apresentar os planos nacionais de recuperação das suas economias, referindo ainda João Leão que, uma vez que o “pontapé de saída está dado”, resta agora aos governos dos 27 “canalizem a sua atenção” para a apresentação junto das instâncias europeias dos seus planos de recuperação económica que “promovam o crescimento sustentável e socialmente inclusivo”.
O ministro lembrou ainda a insistência com que a presidência portuguesa do Conselho da União Europeia tem vindo a alertar para a necessidade de os Estados-membros “serem céleres na elaboração e na apresentação dos respetivos planos nacionais”, assumindo que Portugal é neste momento um dos países europeus que tem o seu processo mais avançado, tendo “já esta madrugada”, como garantiu, colocado a sua versão preliminar e resumida do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) em consulta pública por um prazo de duas semanas, esperando agora poder “entregar a versão final ao executivo comunitário dentro de sensivelmente três semanas”.
O ministro alertou ainda à entrada para esta reunião, onde foi também discutida a estratégia de angariação de 750 mil milhões de euros para financiar o fundo para a recuperação e resiliência da economia europeia, (NexGenerationUE), para o facto de a Europa continuar no meio de uma “muito intensa terceira vaga da pandemia”, uma realidade que nos deixa a todos, como mencionou, numa grande expetativa e “incerteza”, pelo que é absolutamente necessário, disse, que “se prossiga com os apoios à economia”, não fazendo qualquer sentido, “estar agora a comprometer os esforços empreendidos com uma retirada prematura das medidas de apoio”.
João Leão defendeu ainda que este financiamento comum a nível europeu representa “não só um passo gigantesco” para a recuperação económica europeia, mas também um “enorme sinal de unidade e de confiança no futuro da União Europeia”.