Portugal propõe criação de Centro de Segurança Atlântica
“Portugal considera que chegou a altura de apresentar novas ideias para valorizar aquele que é, de facto, um enorme ativo para a segurança atlântica. A ideia principal, o projeto mais ambicioso, é a constituição de um centro de segurança atlântica nos Açores, que vá muito a frente do academismo, e que represente a valorização de uma das principais capacidades de Portugal”, explicou Azeredo Lopes, no final do encontro.
O governante precisou que o novo centro, um projeto que classificou como “moderno” e “ambicioso”, “não estaria, necessariamente, sob jurisdição da NATO, embora possa vir a ser, no futuro, reconhecido como um centro de excelência da Aliança Atlântica”.
Azeredo Lopes manifestou-se satisfeito com a forma positiva como a proposta foi recebida pelo homólogo norte-americano, adiantando que Portugal assumirá o compromisso de encetar um trabalho ativo no sentido de “desenhar algo de facto inovador e que, tanto quanto sei, não tem um precedente que possamos imitar”.
O projeto, ainda de acordo com o ministro da Defesa, poderá vir a ser estendido ao envolvimento da União Europeia.
“Vamos esperar para ver qual é a reação deste nosso parceiro estratégico nas Lajes, e depois pretendemos alargar o número de associados ou membros. Quantos mais formos, melhor conseguimos fazer”, disse.
Azeredo Lopes referiu ainda que a concretização deste centro pode inaugurar um novo capítulo para Base das Lajes, reiterando o objetivo do Governo em “dinamizar, através de projetos novos, aquilo que pode ser o futuro do contributo das Lajes, e de Portugal, para a paz, segurança e defesa”.
Vasco Cordeiro elogia projeto “perfeitamente concretizável”
A proposta apresentada pelo Executivo português mereceu já o apreço do presidente do Governo Regional dos Açores, considerando Vasco Cordeiro tratar-se de uma proposta “lógica e perfeitamente concretizável”, que vem ao encontro da procura de soluções positivas para a valorização das Lajes.
“Acho que é uma proposta lógica e perfeitamente concretizável. Vem no sentido da valorização da ilha Terceira e da valorização da importância estratégica dos Açores, é uma das vias de concretizar e de dar sentido prático a essa importância”, comentou o líder do governo açoriano.
Adiantando que o Executivo regional “acompanha muito de perto o trabalho que está a ser feito”, Vasco Cordeiro enalteceu o facto de o Governo da República estar “a cumprir” com o que consta do Plano de Revitalização Económica da Ilha Terceira.
Um compromisso, acentuou, que passa pela “proposta de soluções aos Estados Unidos da América para reforçar e concretizar a importância estratégia que os Açores, e em concreto a ilha Terceira, têm no Atlântico”.