home

Portugal precisa de uma mudança em nome dos valores de Abril

Portugal precisa de uma mudança em nome dos valores de Abril

O Jantar da Liberdade juntou em Ourém 1700 pessoas para comemorarem os 40 anos do 25 de Abril. António José Seguro lembrou as conquistas de Abril, os seus heróis e defendeu que Portugal precisa de uma mudança, para que os valores de Abril possam continuar a existir.
Saudou igualmente os fundadores do PS, que fez 41 anos no dia 19 de abril, agradecendo-lhes o que deram ao país.
O líder socialista começou por homenagear os “Capitães de Abril” e todos os construtores da democracia portuguesa. “Hoje estamos aqui em liberdade porque houve esses homens e mulheres que ousaram e a quem estamos eternamente gratos”, disse. Fazendo um paralelismo com a situação de pobreza e medo que existiam na ditadura, onde “milhares de portugueses tiveram que sair de Portugal para se sustentarem a si e as suas famílias”, Seguro lembrou a taxa de desemprego, de inativos e de emigração da “geração mais qualificada”. Os jovens que foram um “investimento do país e das famílias, e este governo aponta-lhes o caminho da emigração”.
“Não é esse o Portugal que nós queremos. Nós queremos um país que crie riqueza, que seja competitivo, mas que não o seja por baixos salários, mas pela valorização do capital humano. É dessa valorização que nascem as ideias e a inovação e é desse caminho que surgirá o crescimento que nos permitirá gerar emprego e riqueza”, disse Seguro.
Seguro defende que temos um “Governo que não deve continuar a governar por mais tempo o nosso país” e que é precisa uma mudança que deve começar a acontecer “de amanhã a um mês”. Existe a “oportunidade de, a 25 de maio, fazer uma avaliação nacional deste Governo”, a “oportunidade de dizer ao primeiro-ministro que não aceitamos ser enganados”. Neste momento, Portugal tem um “Governo que governa com um programa completamente diferente do que prometeu aos portugueses”, o que não é aceitável.
O PS exige “transparência e respeito pelos portugueses” e Seguro afirma que o primeiro-ministro “quer esconder o que se prepara para fazer depois das eleições”, insistindo na política de engano, cortes e austeridade cega. “O 25 de abril não se fez para isto”, disse, mas sim para promover a igualdade de acesso dos portugueses à saúde, à educação, para que se faça investimento social e para que “ninguém fique entregue à sua sorte”.