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Portugal precisa de política energética e ética política

Portugal precisa de política energética e ética política

O terceiro dia da Universidade de Verão centrou-se nas questões das energias renováveis, com Sá da Costa a demonstrar que a aposta neste setor compensa.
Os tons de verde pintaram o Jantar/Debate que teve como convidado principal o presidente da Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN), Sá da Costa. Com base em estatísticas, o orador contrariou a ideia de que “as energias renováveis são caras”: “As renováveis, em média, por ano trouxeram uma poupança de 100 milhões de euros”.
Sá da Costa sublinhou que “em cada hora que consumimos electricidade 15 minutos vêm do vento”. Um consumo que, segundo o especialista, tem repercussões graves na economia, uma vez que “o peso da importação dos produtos energéticos no PIB é grande”. Para o presidente da APREN, a solução passa por “não pensar apenas na conta de amanhã, mas nos benefícios do longo prazo”.
Uma ideia partilhada pelo eurodeputado Correia de Campos, que sustentou a necessidade de Portugal estar integrado nas redes transeuropeias de gás. “É preciso juntar os países e criar um mercado único de energia”, vincou. Carlos Silva, secretário-geral da UGT, salientou ainda que “quando se fala em emprego nas renováveis, fala-se de trabalhadores que investem na economia de localidades isoladas”.
Durante o Almoço/Debate, Adelino Maltez e Vital Moreira debateram a ética republicana e deixaram críticas à falta de ética na política. “Se há alguém que sempre na sua história doutrinária fez republicanismo cívico é o Partido Socialista”, sustentou o deputado ao Parlamento Europeu em sintonia com a provocação de Adelino Maltez: “Ao longo de 25 séculos nem sempre houve política. Há uns inimigos tradicionais da política.”
As aulas de Anabela Pedroso e Gustavo Cardoso focaram a necessidade de colocar o cidadão no centro da política local, enquanto que o Café Literário foi dominado por questões relacionadas com o Ordenamento do Território.