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“Portugal não tem nenhuma necessidade de pedir assistência financeira”

“Portugal não tem nenhuma necessidade de pedir assistência financeira”

José Sócrates saudou as alterações acordadas na sexta-feira entre os líderes da Zona Euro com vista à flexibilização do atual fundo de resgate e reforço do futuro mecanismo permanente, mas reiterou que Portugal não precisa de ajuda externa.

“Não, claro que não. Eu tenho dito e repito que Portugal não tem nenhuma necessidade de pedir assistência financeira, desde que faça o seu trabalho, e é nisso que estamos empenhados”, afirmou, no final de uma reunião em Bruxelas de líderes da Zona Euro, concluída já hoje de madrugada.
José Sócrates manifestou-se “convencido” de que as decisões hoje tomadas, designadamente a “resposta global e coerente da Europa” à crise da dívida soberana que atinge o espaço monetário único, bem como o “esforço de cada país”, como Portugal, “terá um efeito nos mercados”.
José Sócrates disse ainda compreender que os jovens se manifestem e “exprimam a sua frustração”, mas garantiu que este Governo está a defender os seus interesses, adotando “políticas de modernidade” e “para o futuro”.
“Eu compreendo muito bem as ansiedades e os problemas dos jovens, compreendo muito bem”, disse Sócrates, ao comentar, no final de uma reunião de líderes da Zona Euro. José Sócrates assegurou que o Governo está a fazer “o seu melhor” para responder aos problemas dos jovens, cuja frustração todavia diz entender.
Sócrates enunciou ainda uma série de medidas tomadas ao longo dos últimos seis anos, desde que é primeiro-ministro, e que classificou como “política de modernidade” e de “defesa dos jovens”, tais como “a lei mais justa na interrupção voluntária da gravidez”, “a lei da paridade, para que mais mulheres tenham acesso à vida política”, a iniciativa legislativa no campo do divórcio litigioso ou “a lei que permite em Portugal o casamento entre pessoas do mesmo sexo”.
“É assim que se constrói uma política de modernidade e uma política para o futuro”, disse.