home

Portugal não quer regressar aos cortes e à precariedade das políticas da direita

Portugal não quer regressar aos cortes e à precariedade das políticas da direita

Hoje o Serviço Nacional de Saúde “está a produzir mais do que em 2015”, garantiu hoje o primeiro-ministro, na Assembleia da República, em resposta aos partidos da direita, sustentado que não se devem fazer análises ao estado da Saúde apenas a partir de um ou de outro caso concreto.

Notícia publicada por:

Portugal não quer regressar aos cortes e à precariedade das políticas da direita

Contestando o cenário catastrofista que os partidos da direita trouxeram hoje ao debate quinzenal no Parlamento, designadamente sobre o setor da saúde, o primeiro-ministro referiu, que em relação às consultas hospitalares o SNS “está a produzir mais do que em 2015”, reforçando a necessidade de que se deve “separar o que é a paralisação de profissionais e o que são os direitos dos utentes”, garantindo que o Governo que lidera “não confunde as leis laborais com o direito do acesso à saúde”.

Reconhecendo que nem tudo está bem na saúde – “nunca ninguém ouviu dizer deste Governo que está tudo bem” -, António Costa foi, contudo, perentório ao defender que o “caminho não é voltar atrás” ao tempo do anterior Governo da direita, lembrando o primeiro-ministro que se o país voltasse atrás “teríamos que cortar cerca de nove mil profissionais” na saúde que entraram para o sector nos últimos três anos e cortar os 1200 milhões de euros que foi quanto este Governo já investiu no SNS, acusando a direita de “ter um programa de cortes para beneficiar os hospitais privados”.

Quanto a ser ou não aceitável que existam greves “programadas”, António Costa foi claro a condená-las, lamentando que até ao momento tenham já sido canceladas “mais de 5 mil cirurgias”, salientando, contudo, que caso não haja maiores prejuízos será possível no primeiro trimestre de 2019 “fazer as cirurgias canceladas devido à greve”, estando para isso “já está estabelecido” um acordo entre o Ministério da Saúde e as direções regionais.

Resultados claros para apresentar aos portugueses

Reagindo à interpelação da líder parlamentar do CDS, que se referiu ao primeiro-ministro como um “contador de estórias”, António Costa respondeu afirmando que o Executivo socialista tem contas e “resultados claros” para apresentar aos portugueses, e que tudo fará para não dar “passos maiores do que a perna” e arriscar que haja de novo em Portugal “um Governo como o seu”, lembrando a Assunção Crista que o anterior Executivo da direita “do qual fez parte” aumentou o “horário de trabalho unilateralmente e resolveu apoiar mais as crianças ricas do que as pobres”.

O primeiro-ministro referiu-se ainda ao investimento que o Governo tem feito no reforço dos serviços públicos, designadamente, como salientou, com a admissão e “milhares de professores e de outros funcionários públicos”, lembrando que espera que o Parlamento aprove as propostas do Governo na área laboral para eliminar a precariedade, “como as sanções e taxas para as empresas que abusam dos contratos a prazo”.