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Portugal já tem responsável pelo sistema de alerta de campanhas de desinformação

Portugal já tem responsável pelo sistema de alerta de campanhas de desinformação

O Governo designou o embaixador Luís Barreira de Sousa como responsável em Portugal pelo sistema de alerta rápido e combate a campanhas de desinformação, que a União Europeia está a implementar.
Portugal já tem responsável pelo sistema de alerta de campanhas de desinformação

A novidade foi dada em Bruxelas pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, no final de uma reunião dos chefes de diplomacia da União Europeia, na qual foi feito um primeiro ponto da situação sobre o Plano de Ação de combate às campanhas de desinformação.

Santos Silva alertou que, se as campanhas de notícias falsas (as chamadas ‘fake news’) forem bem-sucedidas, “perturbam uma das regras essenciais de uma eleição democrática”, contaminando o direito elementar dos eleitores em “conhecerem as alternativas possíveis e disporem da informação suficiente para formarem o seu próprio juízo”.

No sentido de responder adequadamente a esta questão, o governante português revelou que o sistema de alerta rápido está já em fase adiantada de preparação, “para que cada Estado-membro possa obter logo informação a partir do momento que em Bruxelas ou em qualquer outra capital se identifique qualquer campanha em preparação ou em prática”.

O titular da pasta dos Negócios Estrangeiros adiantou que este sistema de alerta europeu deverá estar em “pleno funcionamento” já a partir do final do primeiro trimestre de 2019, acrescentando que o plano de ação, proposto pela Comissão Europeia e decidido pelos líderes europeus, inclui várias vertentes e a criação de várias equipas para identificar em tempo real campanhas organizadas e dirigidas a partir do exterior.

“Este plano de ação sobre a desinformação é particularmente importante em 2019, ano em que se realizarão eleições europeias, além de vários outros países terem eleições presidenciais, nacionais, regionais ou locais”, disse Santos Silva.

“Pelo que já vimos em anos anteriores, é muito importante que todos estejamos alerta, todos partilhemos depressa as informações de que disponhamos, e todos estejamos preparados para reagir a estas campanhas de desinformação”, acrescentou ainda o governante português.