Portugal ganhou a batalha da credibilidade
Em véspera do debate sobre o Estado da Nação, Pedro Nuno Santos salienta que os resultados orçamentais, económicos, sociais que o país tem para apresentar no último ano “são objetivamente bons”, elogia a “exigência” dos parceiros da esquerda parlamentar e faz votos para que a oposição não ceda à tentação de retirar dividendos políticos da tragédia dos incêndios.
“Portugal está a crescer a um ritmo como nunca tinha crescido antes desde que está no euro e isso é um resultado muito relevante”, destaca o governante, referindo igualmente a descida da taxa de desemprego abaixo dos 10%, a criação de 150 mil novos empregos, a saída do Procedimento do Défice Excessivo e a descida das taxas de juro. Dados que demonstram, como sublinhou, que “o país está claramente melhor”.
Sobre a possibilidade do debate ficar marcado pelas consequências da tragédia do incêndio de Pedrógão Grande ou do episódio do furto de material militar em Tancos, Pedro Nuno Santos disse esperar que a oposição, sobretudo em relação ao acontecido em Pedrógão, “não use esta tragédia para tirar dividendos políticos partidários” e faça também o debate do que aconteceu este ano no país, na sua dimensão económica e social.
“A oposição anda à procura há um ano e meio de uma linha de ataque ao Governo e a verdade é que ainda não conseguiu”, apontou, lembrando que PSD e CDS fizeram “os maiores cortes de que há memória” e vêm agora contestar as cativações do Estado.
Quanto aos partidos que apoiam o Governo no Parlamento, Pedro Nuno Santos salienta que a exigência que manifestam não tem recrudescido, porque tem estado sempre presente
“O PCP, BE e Verdes são três parceiros muito exigentes e foram sempre muito exigentes ao longo do último ano, isso não mudou nada”, referiu, garantindo que todos os quatro partidos que sustentam a atual maioria continuarão “a trabalhar afincadamente para que o país seja um melhor sítio para se viver”.