Em 2015, quando o primeiro Governo socialista liderado por António Costa tomou posse, a percentagem de alunos que abandonavam a escola precocemente era de 13,7%, valor que se tem vindo a reduzir significativamente, registando, em dados relativos a 2022, uma taxa de 6%.
Portugal encontra-se agora no top 10 de países com menor taxa de jovens, entre os 18 e os 24 anos, que chegam ao mercado de trabalho sem o ensino secundário completo e que não frequentam qualquer programa de formação. A percentagem de 6% coloca Portugal no oitavo lugar entre os 27 Estados-membros, claramente à frente de países como Alemanha, Espanha e Itália, e constitui um avanço em relação ao objetivo da União Europeia para 2030 (9%).
A nível europeu, a taxa de abandono escolar é considerada o principal indicador do desempenho dos sistemas educativos, uma vez que permite identificar a percentagem de jovens que não concluiu o ensino secundário e não se encontra a frequentar qualquer modalidade de educação e formação, enfrentando assim uma maior dificuldade no acesso ao mercado de trabalho.
Instrumentos como o Programa Nacional de Promoção do Sucesso Escolar, a melhoria dos processos de avaliação e aferição das aprendizagens, a redução do número de alunos por turma, o Apoio Tutorial Específico, entre outros, têm sido essenciais para afirmar e consolidar este caminho, a par de um novo quadro de políticas públicas, assente na autonomia e na flexibilidade curriculares e na educação inclusiva, bem como no aumento da escolaridade obrigatória e a diversificação de percursos formativos