Portugal está hoje mais bem preparado para “acomodar fatores de incerteza”
Perante os dados claramente positivos ontem divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), quer em relação à execução orçamental, quer relativamente à execução da dívida pública, o primeiro-ministro afirmou não ter dúvidas de que o país está hoje mais bem preparado do que há três anos para “acomodar os fatores de incerteza” da conjuntura internacional e reforçar o investimento público.
Falando à margem da assinatura dos Pactos Setoriais para a Competitividade e Internacionalização, que decorreu ontem, em Lisboa, António Costa reiterou que a descida do défice para 0,5% do produto, um valor melhor que as previsões apontadas pelo Governo é, antes de mais, um “resultado histórico e virtuoso”, em consequência de uma política que “devolveu confiança” aos portugueses e aos investidores, realçando neste particular que o fator confiança “é mesmo o elemento-chave para o sucesso” que Portugal tem tido quer ao nível da consolidação do défice das suas contas públicas, quer na redução da dívida.
Um quadro positivo da economia nacional que dá testemunho do sucesso alcançado e que permite, como garantiu o primeiro-ministro, que hoje se possa afirmar, sem outras interpretações, que Portugal “conseguiu mesmo virar a página da austeridade”, recuperando credibilidade internacional, como o atesta o ‘rating’ de Portugal “aumentado cinco vezes pelas maiores agências internacionais nos últimos três anos”, provando, ainda segundo António Costa, que “havia mesmo uma alternativa”.
Também o ministro da Finanças, Mário Centeno se tinha já prenunciado em relação aos dados divulgados pelo INE sobre a economia portuguesa, assinalando que o país conseguiu nestes últimos três anos da legislatura consolidar as suas contas públicas, devolvendo rendimentos e “orgulho aos portugueses” e criando mais de 350 mil novos empregos, não por ter seguido “políticas milagrosas nem por se ter deixado abater por premonições diabólicas”, nem tão pouco por ter cortado nas pensões ou aumentando impostos, “como foi a triste história da economia portuguesa na anterior legislatura”, mas, pelo contrário, por ter sabido “criar e devolver os rendimentos aos portugueses e dado confiança aos investidores”.