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Portugal está a atingir patamares de indignidade cívica

Portugal está a atingir patamares de indignidade cívica

No encontro entre a direção parlamentar do PS e a Cáritas Portuguesa, que decorreu esta quarta-feira na Assembleia da República, foi abordado o impacto do Orçamento do Estado para 2014 nos portugueses.

“Quisemos ouvir uma entidade de grande significado e com grande responsabilidade na sociedade”, disse Alberto Martins, garantindo concordar que o Orçamento traz maior pobreza, sendo “uma pobreza que está a ser direcionada sempre para as mesmas vítimas”.

O líder parlamentar do PS salientou no final da reunião que “há um conjunto muito alargado de pessoas que está a ser martirizada e vai continuar a sê-lo com este Orçamento”. “Este Orçamento dirige-se sempre aos mesmos: aos mais pobres, aos que estão numa situação de maior dependência, aos que apenas têm rendimentos do trabalho e não a outros setores da sociedade. Este é um Orçamento profundamente injusto”, criticou.

A Cáritas Portuguesa disse na reunião que em Portugal existem cerca de 24% de pobres ou pessoas no limiar da pobreza. Perante estes dados, Alberto Martins deixa um alerta: “Significa que a situação de carência, de desigualdade social e de degradação é gritante. Aos mais diversos níveis, para além da fragilidade das pessoas e das famílias, está a assistir-se ao desmantelamento de franjas do Estado social ao nível da saúde, educação e proteção social.Estamos a baixar a patamares que suscitam a nossa indignidade cívica, porque estão em causa direitos humanos fundamentais”, frisou.