Portugal entre os líderes mundiais que propõem tratado para responder a futuras pandemias
No documento, publicado em vários jornais e também divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), os signatários defendem que o novo tratado pode sinalizar “medidas políticas de alto nível” necessárias para proteger o mundo em futuras crises sanitárias.
“Haverá outras pandemias e outras grandes emergências sanitárias. Nenhum governo ou departamentos oficiais podem enfrentar esta ameaça sozinho”, dizem os líderes políticos mundiais, na maioria chefes de Estado e de Governo.
“Em conjunto, temos de estar preparados para prever, prevenir, detetar, avaliar e responder eficazmente às pandemias de forma coordenada. A pandemia de Covid-19 tem mostrado de forma severa que ninguém está seguro até que todos estejam seguros”, acrescenta o documento.
O principal objetivo deste novo tratado passa por promover uma abordagem abrangente para reforçar as capacidades nacionais, regionais e globais assim como a “resiliência às futuras pandemias”, ficando enquadrado no âmbito da Organização Mundial de Saúde e recorrendo a outras organizações envolvidas nos mesmos esforços.
“Os instrumentos de saúde globais existentes, especialmente os Regulamentos Internacionais de Saúde, apoiariam o tratado, garantindo uma base sólida”, acrescenta o documento.
Entre os signatários, além de António Costa, figuram a chanceler alemã, Angela Merkel, o Presidente francês, Emmanuel Macron, o chefe do governo espanhol, Pedro Sánchez, os primeiros-ministros do Reino Unido, Boris Johnson, de Itália, Mario Draghi, da Holanda, Mark Rutte, e da Grécia, Kyriakos Mitsotakis, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, e o diretor-geral da Organização Mundial de Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, entre muitos outros líderes mundiais.