Portugal e França reforçam estratégia comum de ensino da língua
Segundo o governante português, “o interesse” de ambos os países “foi sempre que a língua de cada um pudesse ser reforçada no outro”.
Após uma reunião de trabalho com o seu homólogo francês, que decorreu na capital francesa, Tiago Brandão Rodrigues garantiu que “é para isso que trabalharemos, para esse reforço e para essa continuidade”.
Recorde-se que, em julho de 2016, o ministro da Educação assinou com a antecessora de Jean-Michel Blanquer (Najat Vallaud-Belkacem) um protocolo que colocou o ensino de português no dispositivo Ensino Internacional de Língua Estrangeiro (EILE).
Através deste protocolo, o português ascendeu ao mesmo patamar de visibilidade de línguas já oferecidas no sistema de ensino francês, como o inglês, o espanhol, o alemão e o italiano.
Segundo Brandão Rodrigues, “a atual capacidade de progressão do ensino do português em França é muito maior”.
E se, por um lado, “o objetivo é potenciar o português em França face a uma comunidade tão grande de portugueses e havendo também tantos franceses e filhos de outras nacionalidades aqui residentes a terem interesse por Portugal”, por outro lado, “é importante continuarmos este esforço para que haja um crescimento do francês, algo que está a acontecer em Portugal, com um interesse crescente pela língua francesa por tantos alunos do ensino básico e secundário”, disse o ministro.
Tiago Brandão Rodrigues explicou que a reunião com Blanquer serviu para “delinear caminhos”, visando “fortalecer esta colaboração que tem sido tão profícua”.
Por sua vez, o titular da pasta da Educação em França apontou que o português é “uma língua do futuro no século XXI, que a França encoraja fortemente” e que Portugal “é um grande país amigo”.