Antes de ter participado hoje num almoço de trabalho no Palácio do Eliseu, em Paris, com o Presidente francês, António Costa garantiu aos jornalistas que o menu da conversa que tinha já acordado com Emmanuel Macron terá a ver com questões tão diversas como a segurança alimentar na Europa, a transição energética e temas ligados à segurança, reafirmando a sua total confiança no contributo desta agenda comum para a “construção do futuro da União Europeia”.
Segundo António Costa, trata-se de mais um encontro de trabalho em que, uma vez mais, ambos os líderes vão ter a oportunidade de conversar sobre um conjunto de questões diretamente relacionadas com assuntos prementes para a União Europeia, e que passam, entre outros, pela “construção da paz, pela necessidade de responder às crises de segurança alimentar e pelo reforço das nossas capacidades de defesa”, insistindo na necessidade de a Europa redobrar a sua atenção em relação ao setor da energia.
Neste encontro com os jornalistas, o primeiro-ministro fez questão de exaltar a energia do Presidente Emmanuel Macron, uma particularidade, como referiu, que pode e deve ser aproveitada para que se olhe para a Europa “com um renovado olhar”, e se avance para as mudanças necessárias que “temos de fazer” para que haja uma Europa “mais forte, mais justa, mais inclusiva e mais capaz de competir à escala mundial”.
Tema fundamental em qualquer discussão entre os líderes europeus, segundo o primeiro-ministro, tem a ver com a necessidade de se encontrar uma receita comum que “acelere a transição energética”, criando na Europa uma “sólida independência neste setor”, tese com a qual o Presidente francês disse estar de acordo, mostrando abertura para um entendimento a este respeito.
Guerra na Ucrânia
Quanto à invasão da Ucrânia pela Rússia, outro dos temas fortes entre os líderes europeus, o primeiro-ministro referiu que a matéria será também abordada neste encontro, garantindo que o foco estará, sobretudo, voltado para a “melhor maneira de continuar a apoiar a Ucrânia e de prosseguir com as sanções à Rússia”, assim como sobre a natureza das decisões que podem e devem ser tomadas para “colocar um ponto final no conflito”.
Para além do conflito na Ucrânia, os temas ligados a África foram igualmente objeto da análise neste encontro, realçando o peso e a relevância do tema para ambos os países.
Emmanuel Macron aproveitou ainda a ocasião para confirmar a sua presença na Cimeira dos Oceanos da ONU, que se vai realizar em junho, em Lisboa.