home

Portugal deve rever meta do défice para aliviar sacrifícios dos cidadãos

Portugal deve rever meta do défice para aliviar sacrifícios dos cidadãos

António José Seguro reafirmou, em Coimbra, que o PS está contra a nova “TSU dos idosos” que o Governo de Pedro Passos Coelho se prepara para aplicar.

“Não tinha de ser assim”, disse o Secretário-geral do PS, sublinhando que tal só acontece por impreparação e por opção ideológica deste Governo.

Na sessão de encerramento da Assembleia Geral da Associação Nacional dos Autarcas Socialistas, António José Seguro felicitou os autarcas eleitos nas últimas autárquicas e elogiou o trabalho de proximidade que desenvolvem. 

O secretário-geral do PS recusou “mais sacrifícios e mais sofrimento”, sobretudo para os reformados e pensionistas, e defendeu que o melhor caminho é pedir à Europa para subir a meta do défice. “Não vem mal ao mundo se, no final do ano, o país, em vez de ter 4% de défice, tenha 4. 2% de défice. 0. 2% não faz diferença substancial no défice, mas 100, 200 ou 300 euros no bolso dos portugueses fazem toda a diferença no bolso de um reformado ou de um português que vive com dificuldades”. 

O líder do PS voltou também a defender que Portugal, à semelhança da Irlanda, deve “regressar aos mercados de forma limpa” e sem mais apoios externos.

“O que queremos sabemos muito bem: que Portugal siga o caminho da Irlanda, que Portugal regresse aos mercados de forma limpa”, disse, salientando ter sido “para isso que o primeiro-ministro exigiu tantos sacrifícios” aos portugueses.

No entanto, Portugal “entra no novo ano sob o signo da incerteza”, afirmou. 

“Vamos terminar, no final do primeiro semestre deste ano, o programa de assistência económica e financeira a Portugal e não sabemos o que vai acontecer ao nosso país”. 

Ao questionar “se será uma saída com ajuda ou sem ajuda”, António José Seguro advertiu que “qualquer tipo de apoio exige mais sacrifícios” aos portugueses.