Portugal consolida compromisso de redução da dívida
“Vejo esta alteração com bons olhos, mas com a responsabilidade que o PS tem, hoje no Governo, de tudo fazer para que continuemos a trabalhar como nos últimos dois anos, para que a perspetiva estrangeira seja também uma perspetiva mais positiva”, afirmou a Secretária-geral adjunta, referindo que se “é verdade que ainda não saímos do ‘lixo’, não é menos verdade que o próprio Governo já disse que a dívida pública vai continuar a baixar, e vai ficar abaixo dos 128%”.
Em reação às declarações do líder do PSD, quem alegadamente alertou para o perigo de um novo agravamento caso se confirmasse a “tendência de agravamento da dívida”, Ana Catarina Mendes questionou esta vontade laranja de regressar ao passado como aliás, frisou, transpareceu de alguns discursos na Universidade de Verão do PSD.
“Sobre as declarações do doutor Passos Coelho, só posso esboçar um sorriso, porque, perante aquilo a que temos assistido durante esta semana, a Universidade de Verão do PSD tem sido marcada por um regresso ao passado que os portugueses disseram nas urnas que não querem”, disse.
Recusa de regresso ao passado
De seguida, exemplificou: “Tivemos oportunidade de ouvir o ex-Presidente da República Cavaco Silva, sempre zangado com o país. Tivemos oportunidade de ouvir Paulo Rangel manipular os números que são manifestamente positivos para as pessoas.
Quanto aos fundos estruturais do Portugal 2020 negociados por Poiares Maduro, Ana Catarina Mendes não hesitou em deixar expresso que estes “foram mal negociados nas prioridades e necessidades do país”.
Neste sentido, a dirigente do PS lembrou que “havia apenas quatro milhões de euros investidos nas empresas” quando Poiares Maduro deixou o Executivo de coligação PSD-CDS, e que o PS, quando assumiu responsabilidades governativas, fixou e cumpriu o objetivo de fazer chegar às empresas 100 milhões de euros.
Aliás, vincou, no final do ano de 2016 o Governo liderado por António Costa fixou um novo objetivo de fazer chegar um total de 460 milhões de euros às empresas, e “também cumpriu”.
Já em 2017, adiantou, “vamos chegar ao final do ano com mil milhões de euros para as empresas”,
E destacou que “alocar estes fundos comunitários ao investimento na economia e nas empresas significa termos a economia a crescer a 2,9% e o investimento a 10%”.
Tudo isto se passa ao mesmo tempo que se devolve a confiança para investir e descongelar os fundos que o doutor Poiares Maduro tinha deixado bloqueados”, referiu Ana Catarina Mendes.
Setúbal precisa de mudança no poder local
Acompanhada pelo candidato socialista à presidência da Câmara de Palmela, Raúl Cristóvão, a Secretária-geral adjunta do PS disse ainda que os candidatos e os futuros eleitos das autarquias têm o dever de olhar para o poder local como parceiros de desenvolvimento da região.
“Aqui, no distrito de Setúbal, é essencial que o poder local mude, que as forças partidárias mudem, para que nós possamos ter aqui verdadeiras parcerias entre as autarquias, as empresas e o governo”, defendeu Ana Catarina Mendes, para quem é insustentável “continuar de costas voltadas uns para os outros: autarquias, sociedade civil, governo, empresas”, até porque, concluiu, “somos todos necessários para melhorar o potencial económico que tem esta região”.