Para o organismo europeu de estatística, no terceiro trimestre deste ano, a economia dos 13 países europeus sobre os quais já se conhecem os resultados cresceu, em comparação homóloga com o mesmo trimestre de 2022, 0,1%, muito abaixo do crescimento da economia portuguesa que registou, no mesmo período, um crescimento de 1,9%. À frente da Espanha, com 1,8%, e da Bélgica, com 1,5%, tudo indicando, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE) que Portugal deverá fechar 2023 com um crescimento de 2%.
Carga fiscal abaixo da média europeia
Ponto de algum atrito na discussão política em Portugal, a questão da carga fiscal, ainda de acordo com o Eurostat, coloca o país, em 2022, “abaixo da média europeia”, sendo que a média da carga fiscal registada na União Europeia no ano passado, “incluindo receitas fiscais e contribuições sociais”, se situou nos 41,2%, com Portugal a não ultrapassar os 38%, muito abaixo de países como a França com 48%, a Bélgica com 45,6% e a Áustria com 43,6%.
Descida da inflação
O Instituto Nacional de Estatística (INE), por seu lado, acaba de divulgar uma estimativa rápida sobre a inflação, referindo que a taxa deverá situar-se em Portugal nos 2,1%, “a mais baixa dos últimos dois anos”, como assinala, e muito inferior à registada em setembro, de 3,6%, uma queda, como salienta, fortemente influenciada pela redução do preço dos combustíveis e dos bens alimentares.
O Eurostat acompanha a tese do INE, referindo que também nos restantes países europeus da UE haverá um movimento similar, com a taxa de inflação em outubro a cair dos 43% de setembro para os 2,9%, colocando Portugal com a 9ª inflação mais baixa da Europa.
Dívida pública recua para 107,5% do PIB
Também o Banco de Portugal (BdP) acaba de divulgar que a dívida publica portuguesa, medida segundo o critério de Maastricht, o quadro que conta para Bruxelas, recuou no terceiro trimestre de 2023 para os 107,5% do produto, “menos 2,6 pontos percentuais do que no trimestre anterior”, sendo que em setembro a dívida pública nacional totalizava 279,926 milhões de euros, menos 531 milhões de euros do que em agosto.
Ainda de acordo com o BdP, os depósitos das administrações públicas registaram um aumento de cerca de 3.500 milhões de euros, sendo que, refere o banco central, “deduzida a quantia desses depósitos, a dívida pública portuguesa diminuiu para os 251.239 milhões de euros”.