Portugal baixa risco de pobreza e exclusão social

O último relatório do Observatório Nacional de Luta contra a Pobreza aponta para uma melhoria significativa dos indicadores referentes aos rendimentos e às condições de vida em 2017/2018 face aos anos anteriores. O risco de pobreza ou exclusão social atingiu 21,6% da população em 2018, representando uma diminuição de 1,7 pontos percentuais face o período homólogo; 17,3% dos residentes em Portugal estavam em 2017 em risco de pobreza monetária (menos 1% face a 2016). Por detrás destes números temos grupos sociais com evoluções distintas das condições devida e rendimento, tal como os idosos e as crianças, os empregados e os desempregados.

O Inquérito às condições de vida e rendimento (ICOR 2018) conclui que a diminuição da taxa de risco de pobreza (monetária) em 1 ponto percentual foi acompanhada por um aumento do limiar de pobreza em 167€ anuais (cerca de 14€ mensais), indicando que a diminuição do risco de pobreza monetária traduz efetivamente uma melhoria dos rendimentos de parte da população que se encontrava em situação de pobreza monetária no ano anterior.

Recorde-se que o limiar de pobreza tem vindo a aumentar progressivamente desde 2012. Em 2017, Portugal teve a menor proporção de pessoas em risco de pobreza desde 1994.

Segundo o relatório ICOR, o último ano foi marcado por uma evolução positiva no combate à pobreza, com uma diminuição generalizada dos indicadores de pobreza ou exclusão social. Esta evolução positiva deve-se não só a um aumento do emprego e do crescimento económico, mas também ao reforço de políticas públicas que ofereceram contributos para a diminuição das desigualdades sociais, tais como o aumento do salário mínimo nacional e reforço de medidas de proteção social.