Portugal apresenta progresso sustentado na educação
“Temos um sistema de que nos devemos orgulhar”, afirmou o secretário de Estado da Educação, João Costa, no dia em que foram dados a conhecer os dados revelados pelo relatório anual da organização, Education at a Glance 2017.
Presente na Escola Básica Francisco Arruda, em Lisboa, onde participou num debate sobre a flexibilização curricular, João Costa salientou que há ainda trabalho a desenvolver, apontando, nomeadamente, e como identifica o relatório, os desafios quanto ao tempo e taxa de conclusão do ensino secundário, mas destaca os progressos efetivos assinalados em 43 anos de escola democrática no país.
O governante refere que identificação destas áreas mais críticas permite, precisamente, “ter a segurança de que algumas políticas educativas em curso estão no sentido certo”, exemplificando com a política de investimento na qualificação da população ativa e na educação de adultos, traduzida com o programa Qualifica, assim como a definição do perfil do aluno e a flexibilização curricular para que as escolas possam encontrar, em liberdade, estratégias mais adequadas aos seus alunos.
“Estamos numa lógica de mudança progressiva, sustentada e construída em diálogo com as escolas e testada. Só se transformará em alterações legislativas em função dos resultados deste trabalho de monitorização”, salientou João Costa.
O relatório Education at a Glance 2017 destaca a aposta no ensino profissional como forma de aumentar o número de graduados no ensino secundário, ao mesmo tempo que promove uma ligação mais direta ao mercado de trabalho.
O documento da OCDE aponta ainda o crescimento da frequência no ensino pré-escolar na última década, que a partir dos três anos está já em percentagens acima da média da OCDE, considerando que, nesta área, Portugal está a dar “passos na direção certa rumo ao objetivo de universalizar até 2020 a educação pré-escolar para as crianças entre os três e os cinco anos”.