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Portugal, Alemanha e Eslovénia definem “nova estratégia” para asilo e migrações

Portugal, Alemanha e Eslovénia definem “nova estratégia” para asilo e migrações

O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, reuniu-se ontem, em Berlim, com os homólogos da Alemanha e da Eslovénia, Horst Seehofer e Boštjan Poklukar, para definir uma “nova estratégia comum” de abordagem das “questões de asilo e de migrações” da União Europeia (UE).
Portugal, Alemanha e Eslovénia definem “nova estratégia” para asilo e migrações

“Aquilo que definimos hoje foram as prioridades (…) fixadas na interoperabilidade, na cooperação policial, no estabelecimento de uma nova estratégia comum de abordagem das questões de asilo e de migrações e na consolidação da salvaguarda das fronteiras externas da união através do desenvolvimento de uma guarda costeira europeia”, salientou Eduardo Cabrita.

Portugal vai assumir a presidência rotativa do Conselho da União Europeia entre 1 de janeiro e 30 de junho de 2021, sendo precedido pela Alemanha, no segundo semestre do presente ano, sucedendo-lhe a Eslovénia, no segundo semestre de 2021.

Nesta matéria, os três países, que integram “o próximo período de presidências”, têm uma “grande convergência de pontos de vista”, como assinalou o governante português, sublinhando que é necessário “perceber que os movimentos migratórios não são um acontecimento momentâneo” e que são “responsabilidade de todos os países europeus”.

Eduardo Cabrita destacou também, no final da reunião tripartida de Berlim, a realização do “encontro União Europeia – África em torno das questões das migrações”, que ocorrerá durante a presidência de Portugal e que assume o objetivo de desenvolver a “dimensão civil da política de cooperação, segurança e defesa”, a par do envolvimento “crescente da União Europeia quer na estabilidade do norte de África, quer na estabilidade da região subsariana”, matérias que Eduardo Cabrita relevou como decisivas para a salvaguarda da segurança das fronteiras dos Estados-membros e para o combate ao tráfico de seres humanos.

O ministro português insistiu ainda na importância de aprofundar a cooperação com os “países vizinhos, nomeadamente com os países de onde são originários os fluxos migratórios”, sustentando, igualmente, que as migrações têm de ser “vistas como algo que deve ser considerado globalmente como positivo” para a Europa.