Ainda de acordo com o banco central, a dívida pública diminuiu, no saldo do último ano, em 9,4 mil milhões de euros face a 2022, uma redução, em termos absolutos, que acontece apenas pela segunda vez em 50 anos de democracia.
“É o melhor resultado desde 2009, desde há 14 anos e desde a crise financeira”, congratulou-se o ministro das Finanças, Fernando Medina, sublinhando que “a redução da dívida pública dá liberdade ao país” e permite libertar recursos significativos para benefício dos portugueses.
“Isto só aconteceu duas vezes nos últimos 50 anos, e em ciclo de governação socialista”, acrescentou o governante, em conferência no Ministério das Finanças.
Fernando Medida recordou ainda que o país saiu do grupo dos países mais endividados da Europa, estando atualmente atrás da Grécia, Itália, França, Espanha e Bélgica no ranking dos mais endividados da zona euro.
“Estamos numa posição mais segura” e com o país “muito mais protegido” contra choques externos, defendeu o governante socialista, realçando que estes resultados vão “ter impacto nos juros que os nossos bancos, famílias e empresas pagam”, permitindo, também, a “libertação de juros para apoiar as políticas públicas do país”.
Segundo as contas do Governo, esta redução de 9,4 mil milhões de euros no endividamento vai permitir ao país libertar e poupar 3,3 mil milhões de euros na próxima década.
Fernando Medina lembrou que os socialistas fizeram “o caminho mais difícil” no esforço de redução da dívida e de consolidação das contas públicas, garantindo, ao mesmo tempo, que “não se deixou nada por fazer”.
“Conseguimos [a redução da dívida] com aumento da inflação, com reforço na Saúde, com o reforço da Segurança Social e numa trajetória de crescimento”, observou o ministro.
“Estes resultados dão segurança, estabilidade e previsibilidade no futuro”, completou.