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Temos de facilitar a maneira das pessoas participarem na política, na decisão

Álvaro Beleza arrancou recentemente para o segundo mandato como Presidente da SEDES. Encara a associação como o berço das políticas progressistas do Portugal democrático e identifica na história dos Governos do PS “as marcas mais civilizacionais” desse progressismo: na criação do SNS, na paixão pela educação, na justiça. Encontra atualmente esse mesmo espírito na aposta no ambiente e no crescimento económico verde. E desafia o PS seguir esse mesmo caminho ao pedir mais espaço para os mais jovens.

Nós não podemos continuar a formar doutorados em circuito fechado

Elvira Fortunato colocou em suspenso uma carreira de professora reconhecida e investigadora premiada na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa (chegou a vice-reitora) para assumir, há nove meses, o cargo de Ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Encara a função o como um “desafio” onde encontra o “paralelismo” de “arranjar soluções para os problemas”. E os problemas que quer ajudar a resolver vão desde o alojamento estudantil, passando pela burocracia, até à urgência de dispersar o maior número possível de doutorados pela economia portuguesa.

“Os apoios aos agricultores vão ser democratizados – com um aumento de 30% para a pequena produção e para o interior – e vão ser desburocratizados”

 

A ministra da Agricultura e da Alimentação, Maria do Céu Antunes, esteve nesta semana com o Comissário Europeu da Agricultura ao Porto a apresentar o novo Plano Estratégico de Portugal para a Política Agrícola Comum. Depois de 60 anos de PAC algo tinha de mudar e o futuro pacote de 6 mil milhões muda radicalmente. Os apoios vão ser democratizados – com um aumento de 30% para a pequena produção e para o Interior – e vão ser desburocratizados.

O PSD não está nada preparado para ser Governo

Nesta semana, conversámos com João Pedro Matos Fernandes, Ministro com as pastas do Ambiente, da Transição Energética e da Ação Climática, durante mais de 6 anos de governação. Matos Fernandes recorda o legado desses anos e as medidas que puseram o “país a crescer”. Sobre o atual momento, acredita que o país continua num “rumo de crescimento” e que o Governo tem demonstrado que maioria absoluta e capacidade negocial são duas faces da mesma moeda. Matos Fernandes defende ainda, que a responsabilidade da ascensão da extrema-direita deve ser partilhada por todos os partidos. Mas é, sobretudo, ao PSD que atribui essa obrigação e que, diz, “não está preparado para ser Governo” porque “não conhece os assuntos” para estruturar um Programa alternativo.

Propostas do PSD sobre Orçamento “são apenas panfletos” de quem não tem “uma verdadeira alternativa orçamental”

O Parlamento está prestes a entrar na discussão da proposta de Orçamento. Eurico Brilhante Dias passa em revista as propostas da sua bancada e avalia as alterações submetidas pelas restantes bancadas. Sobre o PSD, o líder parlamentar do PS lamenta que o principal partido da oposição tenha renunciado ao debate orçamental e se tenha concentrado numa “política de casos e casinhos contra o Governo”. Ainda assim, admite haver “margem para apoiar propostas da oposição” seguindo a “lógica de diálogo com a sociedade portuguesa”, transpondo o compromisso do consenso “para o Hemiciclo”.

“Já estamos a utilizar Inteligência Artificial na Administração Pública”

Mário Campolargo foi, durante 30 anos, um quadro superior da Comissão Europeia até ao início deste ano, quando decidiu assumir a pasta de Secretário de Estado da Digitalização e da Modernização Administrativa. Ao longo desta entrevista faz a revisão destes primeiros meses de governação. Começa pelas medidas em execução para garantir o número máximo de cidadãos com competências digitais, passa pelas iniciativas para assegurar a segurança e confiança nos serviços digitais, até chegar aos exemplos concretos, implementados a partir do Programa Simplex, de como a Inteligência Artificial já está a ser utilizada na Administração Pública e onde poderá aplicar-se no futuro.

“O setor dos serviços e produtos digitais já vale uma Autoeuropa”

A vinda da Web Summit para Portugal resultou no florescimento de um novo cluster económico em Portugal. Mas só resultou porque o investimento e o apoio público à economia não se limitaram a financiar o evento: foi suportado, entre outras medidas, em políticas de apoio ao empreendedorismo, a incubadoras e à captação de capital de risco. Resultados? Portugal tem hoje mais unicórnios do que todos os países do Sul da Europa juntos. Empresas que, em 2015, valiam 2 mil milhões, valem agora 38 mil milhões. Um setor que em 2015 empregava 5 mil pessoas, emprega agora mais de 60 mil. O setor dos serviços e produtos digitais já vale uma Autoeuropa.

“O que nós vamos conseguir com o hidrogénio verde é engarrafar o vento, engarrafar o sol.”

Há muito que as áreas de intervenção de Carlos Zorrinho estão concentradas na Energia e na Inovação. Foi coordenador do Plano Tecnológico, foi Secretário de Estado do setor e, atualmente, enquanto eurodeputado socialista, é membro da Comissão da Indústria, Inovação e Energia. É a pessoa indicada para descodificar o acordo celebrado entre Portugal, Espanha e França para a criação do Corredor Verde. O eurodeputado não tem dúvidas em afirmar que o acordo e os investimentos nacionais vão transformar Portugal num produtor e exportador de energia verde, em vez de ser apenas um mero “ponto de passagem” de matérias-primas. E é por isso que rejeita as críticas ao acordo e acusa o presidente do PSD de pretender transformar Portugal numa ilha energética, “orgulhosamente só, desligada dos mercados europeus”.

“O que se passa em Inglaterra mostra bem o que é o falhanço das doutrinas liberais mais cegas”

O Ministro das Finanças explica de que forma as medidas constantes no Orçamento – e no pacote Famílias Primeiro – foram pensadas para apoiar os portugueses na atual conjuntura. Garante que o país e as Finanças estão preparados para apoiar mais, se assim for necessário, graças à gestão cautelosa dos dinheiros públicos. E olhando para o outro lado do Canal da Mancha, alerta para os riscos das políticas radicais.

“Em 2023, estimamos que cerca de 63.000 crianças serão abrangidas pela gratuitidade das creches”

O mês de outubro foi particularmente desafiante para a ministra do Trabalho Solidariedade e Segurança Social. À implementação do Programa Famílias Primeiro juntaram-se as negociações do Acordo de Concertação Social. Oportunidade para ouvir de que forma tudo se vai encaixar no Orçamento do Estado para 2023.