“Pop Galo” celebra país moderno que se afirma com valores da cultura popular
Está patente na Ribeira das Naus, em Lisboa, a obra de arte pública “Pop Galo”, da autoria da artista plástica Joana Vasconcelos, após o ato inaugural que contou com as presenças do primeiro-ministro, António Costa, do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, do ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, e do embaixador da República Popular da China, Cai Run.
“É a representação daquilo que nós queremos que seja bem a nossa imagem, a imagem de um país moderno, mas que é um país que não perde as suas raízes, um país que se afirma com base na sua cultura popular”, descreveu António Costa, destacando a autora, Joana Vasconcelos, como “uma das grandes embaixadoras de Portugal”.
Com cerca de dez metros de altura e 3,7 toneladas de peso, a obra é uma representação do popular Galo de Barcelos revestido de 17 mil azulejos e de 16 mil luzes LED, permitindo interação de cores e sons com o público.
Criada originalmente para assinalar a amizade entre Portugal e o Rio de Janeiro, aquando da comemoração dos 450 anos da fundação desta cidade brasileira, no ano passado, a obra acabou por só agora fazer a sua primeira aparição internacional, por ocasião da conferência global de tecnologia Web Summit, que decorre esta semana em Lisboa.
“Há sempre coincidências felizes e este galo é de facto uma marca universal, fará a sua primeira aparição internacional aqui na cidade de Lisboa, na semana em que começamos a Web Summit”, assinalou o primeiro-ministro.
No final do mês, a obra seguirá para Pequim e Shangai, onde vai integrar os festejos do Ano Novo Chinês, que será o Ano do Galo.
“A sua presença simbolizará a amizade entre os nossos povos e os nossos países, num momento muito importante, em que vamos passar a ter uma ponte a ligar os nossos países, a partir de julho um voo regular entre Hangzhou, Pequim e Lisboa e estaremos a partir daí sempre mais próximos”, sublinhou António Costa, na presença do embaixador chinês.
Expoente de modernidade
O autarca de Lisboa, por seu lado, saudou Joana Vasconcelos como “uma das mais talentosas artistas da sua geração”, que “tem brindado o mundo com a sua originalidade e criatividade”, destacando que a escultura combina modernidade com uma representação iconográfica da cultura popular portuguesa.
Fernando Medina sublinhou ainda o significado da tradição milenar do azulejo, em Portugal e Lisboa, enaltecendo o seu uso, nesta obra e por outros jovens artistas, para a criação de “um novo expoente de modernidade”.