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Política económica do Governo está a falhar em todas as variáveis

Política económica do Governo está a falhar em todas as variáveis

O Partido Socialista volta a avisar que a governação da AD está a conduzir a economia nacional para um beco sem saída, apontando que a revisão em baixa do crescimento económico para 1,9% em 2025, avançada pelo Conselho de Finanças Públicas (CFP), confirma aquilo que o PS vem denunciando há meses: as previsões inscritas no Orçamento do Estado do executivo de Luís Montenegro são uma miragem.

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Nas declarações prestadas, ontem, em Lisboa, após reunir com o presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), João Vieira Lopes, o Secretário-Geral do PS, José Luís Carneiro, foi categórico nas críticas à governação errática da Aliança Democrática.

“O Conselho de Finanças Públicas está a dar razão ao Partido Socialista quando, há alguns meses, afirmámos que o Governo estava a falhar em todas as suas previsões em relação ao Orçamento”, afirmou, sublinhando que a política económica da AD “falha em todas as suas variáveis”, desde o crescimento económico ao investimento público, passando pelo endividamento sufocante das famílias e pela inflação que continua a corroer salários e pensões.

Na ocasião, José Luís Carneiro alertou igualmente para o “erro político” da alienação de património público, decisão que classificou como “precipitada e perigosa”.

Admitindo esperar que a medida anunciada na semana passada pelo Governo “não sirva para poder prever receitas que possam vir a não ser executadas, mas que servem para a elaboração orçamental”, o líder socialista fez notar que o património em causa poderia servir para responder às necessidades de habitação, nomeadamente no concelho de Lisboa.

Considerando que uma tal opção seria ainda um “erro político” e até mesmo “orçamental”, se for usado como “expediente para mascarar receitas que não se concretizarão”, o líder do PS sinalizou que a manobra ameaça comprometer a seriedade da elaboração da proposta de Orçamento para o próximo ano.

“Nós alertamos no momento oportuno, vamos agora aguardar pela proposta para ver quais são os termos em que o Governo apresenta as previsões económicas”, declarou.

Avisos já tinham sido feitos

As palavras de José Luís Carneiro encontram eco em alertas lançados há meses por dirigentes socialistas.

António Mendonça Mendes já tinha denunciado, em abril deste ano, que o cenário macroeconómico do executivo era “irrealista” e que as previsões apresentadas estavam “claramente aquém das promessas eleitorais da AD”, ignorando ainda o impacto real dos empréstimos do PRR nas contas públicas.

Também Eurico Brilhante Dias, presidente do Grupo Parlamentar do PS, tinha desmascarado, em outubro de 2024, o programa orçamental entregue a Bruxelas, acusando a AD de apresentar um plano “encharcado de propaganda” e de inscrever previsões de crescimento abaixo daquilo que prometera aos portugueses durante a campanha eleitoral.

Agora, as informações do CFP dão razão ao Partido Socialista, evidenciando que, com o crescimento revisto em baixa, com o investimento público a não arrancar, com famílias a braços com encargos cada vez mais pesados e com um Governo que prefere vender património em vez de resolver o problema da habitação, Portugal tem uma governação de direita assente em promessas incumpridas.

Nesta reunião com a CCP, a última da ronda de encontros com os parceiros sociais, José Luís Carneiro reforçou ainda a oposição firme dos socialistas às alterações propostas pelo executivo da AD para a legislação laboral, uma vez que, reiterou, “ofendem os direitos fundamentais dos mais jovens trabalhadores” e “colocam em causa a compatibilização da vida pessoal, profissional e familiar das mulheres”.

“O Partido Socialista não permitirá retrocessos que fragilizem os mais vulneráveis”, garantiu.

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