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Política do PCP de fazer do PS o seu inimigo está errada

Política do PCP de fazer do PS o seu inimigo está errada

O PS criticou os comunistas por fazerem do partido “o inimigo” e salientou que há “regras constitucionais” para as mudanças de Governo.

Alberto Martins, membro do Secretariado Nacional do PS, transmitiu a sua posição após a sessão de encerramento do XIX Congresso do PCP. O Partido Socialista também esteve representado pelo secretário nacional Jorge Seguro Sanches e pela presidente da Federação Distrital de Setúbal, Madalena Alves Pereira.

“Entendemos que o PCP é um partido democrático, que se deve situar no arco do diálogo institucional e constitucional. O PS está disponível para o diálogo, mas rejeita e acha errada a política do PCP de fazer do PS o seu inimigo”, declarou.

“O PS defende uma mudança política com responsabilidade. Pensamos que a ideia de rasgar o memorando da troika seria errada para Portugal, já que o país deixaria de ter o apoio financeiro necessário para resolver os problemas”, defendeu.

Segundo Alberto Martins, o PS “está de acordo que, em diálogo, tudo deve ser feito para mudar esta política recessiva, esta ditadura da austeridade, que prejudica o povo português, aumentando o desemprego e não criando condições para o crescimento”.

“Exige-se uma nova consciência coletiva, uma nova legitimação e uma mudança estrutural da política no quadro europeu”, acrescentou.

Quanto à questão da demissão do Governo, o dirigente socialista sustentou que “se situa no quadro constitucional. Há regras constitucionais em Portugal para as alterações do Governo. Não podemos esquecer que o PCP contribuiu para e entrada em funções deste Governo”.