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“PM está a fazer uma ameaça velada aos funcionários públicos”

“PM está a fazer uma ameaça velada aos funcionários públicos”

António José Seguro acusou hoje o primeiro-ministro de deixar uma “ameaça velada” aos funcionários públicos quando falou no programa de rescisões amigáveis e considerou que o que está em causa é “claramente um despedimento”.

O secretário-geral do PS salientou que o problema “é a ameaça velada que está por trás das declarações do primeiro-ministro e isso choca os portugueses”.

“Porque quando o país está a caminho de um milhão de portugueses desempregados, o primeiro-ministro, no fundo, já tem decidido qual é o número de funcionários públicos que ele quer despedir. E o que está a falar aqui é claramente de um despedimento. Há essa ameaça”, salientou o líder socialista.

 “É o mesmo dr. Pedro Passos Coelho que na campanha eleitoral há dois anos dizia que tinha feito as contas e que podia garantir que não haveria nem despedimentos na função pública nem redução de salários”, recordou.

António José Seguro considerou que, para além de “estar a violar gravemente e grosseiramente uma promessa eleitoral, o primeiro-ministro “está a deixar uma ameaça velada para os funcionários públicos”.

E quanto ao critério de o programa começar pelos menos qualificados, o secretário-geral do PS afirmou que é “inqualificável”.

“Quando se procede a uma reforma da administração pública, se é que podemos falar de reforma que é muito duvidoso, naturalmente que tem que haver objetivos que transformem essa administração pública numa administração aos eficiente, mais amiga das famílias, mais amiga das empresas, mas não é isso que está no espírito do primeiro-ministro”, acrescentou.

O primeiro-ministro “voltou a falar em oportunidades, já se tinha referido que os desempregados tinham uma oportunidade. Isto mostra a inconsciência social do primeiro-ministro que temos”, frisou o líder socialista, afirmando que o espírito de Pedro Passos Coelho “é atacar o Estado, o serviço público”.

Questionado sobre os protestos com que Pedro Passos Coelho foi recebido hoje no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP), o líder do PS referiu apenas que “só o primeiro-ministro se pode surpreender”.

“Os portugueses estão verdadeiramente indignados e estão desesperados com as políticas que o Governo está a aplicar no nosso país. E sobretudo porque o Governo não acerta uma, não acerta uma previsão, falha todos os resultados e as consequências são dramáticas”, acrescentou.