Plataforma para apoiar e investir em projetos artísticos já está ‘online’
O projeto, que tinha sido anunciado pela ministra da Cultura, Graça Fonseca, assume a forma de uma “plataforma inédita”, onde artistas podem lançar ideias e recolher investimento para a sua fase de conceção e desenvolvimento, e onde empresas e entidades, públicas e privadas, podem lançar desafios e receber propostas artísticas, escolhendo as que pretendem apoiar financeiramente, em projetos até aos 20 mil euros.
Surgindo em resposta ao momento particularmente frágil dos artistas que viram as suas fontes de rendimento canceladas ou adiadas, o projeto resulta de várias parcerias e entidades patrocinadoras, estando integrado no programa OutSystems COVID-19 Community Response, da tecnológica portuguesa OutSystems.
As empresas privadas e públicas podem usar a plataforma como uma ponte direta para encontrar ou propor ideias de projetos artísticos, permitindo que o investimento nos artistas e técnicos do setor da cultura seja realizado em projetos que podem acontecer, para já, a partir de casa, ou num formato regular, mais tarde.
O objetivo da criação do ‘Portugal Entra em Cena’, de acordo com a plataforma, é “que a cultura portuguesa não seja também uma vítima do coronavírus, garantindo a identidade e sustentabilidade cultural do país”.
Num comunicado divulgado pelo Ministério da Cultura, Graça Fonseca recorda que “em Portugal os artistas foram os primeiros a parar” e que à primeira recomendação da Direção-Geral da Saúde “toda (ou quase toda) a atividade artística e cultural foi cancelada”, mas que, apesar disso, “continuaram a criar para o seu público”.
“Entraram em nossa casa e ofereceram-nos a sua arte. E nós aplaudimos, mesmo não estando juntos. E nós agradecemos porque nos ajudaram a sentir menos sozinhos, menos perdidos, menos desligados da nossa história comum, da nossa cultura. Agora chegou a nossa vez de lhes retribuir o que têm feito por nós. De reconhecer que a vida precisa de arte, mais do que nunca. Assim nasce o projeto ‘Portugal Entra em Cena’”, refere a ministra.
Entre as entidades que “já entraram em cena” figuram empresas e entidades como a Caixa Geral de Depósitos, grupo Ageas Portugal, a Fundação EDP, o Centro Cultural de Belém, os Teatros Nacionais D. Maria II e São João, a Sagres, a Renova, a Fidelidade, a Galp e a Viúva Lamego, entre muitas outras.