A formalização da plataforma, que aconteceu ontem, em Lisboa, no âmbito da conferência ‘Combater a situação de sem-abrigo – Uma prioridade da Europa Social’, organizada pela presidência portuguesa do Conselho da União Europeia, em conjunto com a Comissão Europeia, é um “momento marcante”, frisou a governante, que revelou sentir orgulho por ter sido a presidência portuguesa a conseguir a assinatura da Declaração de Lisboa e o lançamento da plataforma europeia. A declaração de Lisboa foi assinada por todos os Estados-membros e pelos representantes das instituições da União Europeia, das organizações da sociedade civil e dos parceiros sociais.
“Este é um salto de gigante, mas é também o início de uma longa e permanente e responsável e consistente caminhada que faremos juntos, colocando no centro das nossas políticas sempre as pessoas e, concretamente, as pessoas que vivem em situação de sem-abrigo, dando-lhes esperança real, dando-lhes voz efetiva e ouvindo-as com consequência e resultado”, salientou.
Ana Mendes Godinho destacou que a plataforma é um “ponto de partida” para garantir a todos o direito de acesso a habitação, saúde, serviços básicos e a uma real inclusão social. “O tempo é de agir para fazer história” e para “assegurar uma recuperação económica e social justas”, asseverou a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, que referiu que é necessário “agir para que todos contem, mas que não sejam números e que ninguém fique para trás”.
De acordo com a ministra, o compromisso assinado por todos os países decorre até 2030.
Também o comissário europeu do Emprego e dos Direitos Sociais, Nicolas Schmit, garantiu que os mais pobres e os mais excluídos da sociedade serão ajudados e cuidados.
“Quando dizemos que queremos reduzir o número de pobres em pelo menos 15 milhões, nas quais cinco milhões de crianças, isto é um compromisso muito forte e significa que temos de começar agora, hoje”, sublinhou Nicolas Schmit, que advertiu que “não temos o direito de não cumprir aquilo com que nos comprometemos”.