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Plano de Resiliência e vacina serão “motores” da recuperação do país

Plano de Resiliência e vacina serão “motores” da recuperação do país

O primeiro-ministro, António Costa, afirmou esta terça-feira que o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que deverá ficar fechado com a Comissão Europeia em janeiro, “é um fator muito relevante” de confiança para a economia e as famílias portuguesas, sustentando que, a par da vacina contra a Covid-19, serão “os dois motores” determinantes para a recuperação do país.
Plano de Resiliência e vacina serão “motores” da recuperação do país

“O Plano de Recuperação e Resiliência e a vacina, que será disponibilizada ao longo do próximo ano, serão os dois motores que nos permitirão virar a página deste ano muito difícil, travando a pandemia e procedendo à recuperação das empresas, do emprego e do país”, tendo em vista que seja “retomada uma trajetória de crescimento sustentável”, declarou António Costa, no final de uma reunião da equipa coordenadora do PRR, em São Bento.

António Costa lembrou que Portugal foi dos primeiros países a apresentar o seu Plano de Recuperação e Resiliência, salientando que “as frentes negociais com a Comissão Europeia têm estado a andar” e que “é positivo saber que em todas elas há avanços sólidos”, o que permite antever uma aprovação final no primeiro mês do ano.

“As questões que têm sido identificadas [por Bruxelas] têm condições para ser superadas. Estamos a trabalhar para que, até ao final de janeiro, seja possível concluir o trabalho com a Comissão Europeia, de forma a que o plano siga para o Conselho, sendo aí definitivamente aprovado para se iniciar a sua execução”, declarou o primeiro-ministro.

A partir de agora, segundo António Costa, o essencial do plano “está definido” e “estará articulado com o próximo Quadro Financeiro Plurianual”, sublinhando a sua importância “para dar confiança aos agentes económicos, a todos os que estão a lutar para manter as suas empresas, e a todas as famílias que têm a angústia de terem perdido emprego ou têm receio de perda de emprego”.

“É muito importante ter em conta que o Plano de Recuperação e Resiliência cobrirá despesas realizadas desde fevereiro deste ano, de 2020. Portanto, podemos já executar despesa que será financiada pelo programa”, acrescentou.

Na conferência de imprensa, António Costa destacou ainda que tem existido, em relação à estratégia de vacinação a nível europeu, “uma coordenação muito grande”, acreditando que estão reunidas as condições para que a distribuição seja simultânea nos 27 países da União Europeia.

“Não haverá seguramente uma corrida entre os 27 Estados-membros porque a compra foi conjunta, tendo sido realizada pela Comissão Europeia em nome de todos e em que todos contribuíram. Portugal vai contribuir com 200 milhões de euros para comprar a nossa parte das vacinas”, especificou.

Neste ponto, António Costa reiterou que a distribuição da vacina será gradual ao longo de todo o próximo ano, “mas sempre respeitando em cada momento uma distribuição em função da população de cada Estado-membro – e esse é um critério justo”.

“Definiram-se grupos prioritários e, dentro desses mesmos grupos, fez-se uma hierarquização, porque as vacinas vão chegar em doses sucessivas. Vai ser um processo longo que durará bastantes meses”, disse o primeiro-ministro, voltando a sublinhar a importância da articulação entre o que considerou como “os dois motores” de recuperação.

“É muito importante saber que, ao mesmo tempo que a ciência está a disponibilizar a vacina, temos também a disponibilização, por parte da União Europeia, dos fundos necessários para iniciarmos a recuperação económica do país”, concluiu.