Plano de Recuperação vai dar “novo impulso” ao reforço estrutural do SNS
“Não há bem maior do que a saúde”, voltou a defender o primeiro-ministro esta manhã na inauguração do Centro de Saúde da Nazaré, um investimento de 1,4 milhões de euros, garantindo que as verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) vão dar “um novo impulso ao investimento no Serviço Nacional de Saúde”.
De acordo com o primeiro-ministro, uma das certezas do Governo é que o investimento na saúde “tem de continuar a ser sempre prioritário”, reafirmando que em coerência com este desígnio o investimento que se tem feito no SNS nesta legislatura vem comprovar o olhar distintivo como o Governo socialista olha para o SNS.
Há, contudo, como também fez questão de salientar, um caminho ainda por caminhar, destacando a este propósito a importância das verbas do PRR que, garante, “vão dar um novo impulso ao investimento público no SNS”, que este ano irá “dispor, no total, de 12.100 milhões de euros”, voltando a destacar a “extraordinária importância” do serviço público de saúde, credor, como mencionou, de um especial relevo, sobretudo pela forma séria e eficiente como tem respondido “à calamidade” que “tem vindo a ocorrer este ano”.
Uma crise de saúde pública de que ninguém estava à espera e que impôs que o Estado tivesse reforçado o investimento, “só no último ano”, no SNS em cerca de cerca de 1.400 milhões de euros e contratado mais 20 mil profissionais de saúde, lembrando António Costa que o Governo começou a presente legislatura injetando no serviço público de saúde cerca de “900 milhões de euros” e que após a pandemia, março de 2020, incluiu no Orçamento Suplementar “mais 500 milhões de euros”.
Reforço e modernização estruturais
Um significativo robustecimento de verbas que vem revelar que só no ano passado, ainda segundo o primeiro-ministro, houve um reforço no SNS “igual ao que tinha sido feito nos quatro anos anteriores”, dinheiro que não se destina a responder àquilo que são as faltas do dia a dia que hoje ainda se fazem sentir, mas para fazer “as mudanças estruturais que ajudam a reforçar e a modernizar o SNS na sua base”.
Nesta sua deslocação à Nazaré, onde foi acompanhado pela ministra da Saúde, Marta Temido, para presidir à inauguração do Centro de Saúde deste município do distrito de Leiria, o primeiro-ministro deixou a garantia de que as mudanças estruturais que vão começar a ser introduzidas incidirão sobretudo sobre as Unidades de Saúde Familiar (USF), mas também nas Unidades de Cuidados Integrados, na rede de Cuidados Paliativos e na rede de Cuidados da Saúde Mental, especificando que, em relação a esta última área, o objetivo é que em todas as USF exista não só tratamento nesta especialidade médica, como a disponibilidade de “uma cadeira de dentista”.
Também os cuidados continuados, como garantiu o primeiro-ministro, serão outra das prioridades a que o Governo dará toda a atenção durante a presente legislatura, considerando mesmo a possibilidade de concluir essa rede de forma a que possa “assegurar o número de camas suficientes em todo o país”. Uma iniciativa, acrescentou, que será desenvolvida em parceria com “as misericórdias e com as mutualidades”, para que “todos possam ter mais esperança de vida e com maior qualidade”.