Personalidades nacionais apoiam António Costa
Mensagem de apoio do Professor Galopim de Carvalho
O MEU VOTO
O meu voto, como cidadão independente dos aparelhos partidários e interventor cívico activo, é apenas um entre milhões que no próximo Domingo vão decidir o futuro próximo de Portugal. Vale tanto quanto o do mais intelectualmente debilitado ou alienado dos portugueses.
Já o escrevi e entendo oportuno lembrar que estamos a viver tempos de indecoroso aviltamento, mercê de uma elite, entre políticos e grandes nomes do direito e das finanças que, numa promiscuidade interesseira, descarada e impune, nos está a conduzir, decidida e conscientemente, no caminho do empobrecimento económico e também, estupidamente, no do definhamento científico e cultural.
Esta caminhada de submissão a uma União Europeia cada vez mais afastada dos princípios que a fundaram, decorre perante a passividade acrítica de uma parte considerável dos nossos concidadãos mantidos incultos, destituídos de pensamento autónomo, alienados pelo futebol e pelos programas televisivos de entretenimento que nos impõem e nos entram pela casa dentro a toda a hora. Tudo isto sob a magistratura conivente de um Chefe de Estado que pouco mais de metade dos votantes (53,14%) colocaram no mais alto cargo da Nação, numa eleição em que quase metade dos eleitores se abstiveram e que, há muito, deixou de ser o Presidente de todos os portugueses. Marcados, ainda, por receios antigos, são muitos os portugueses que não ousam questionar um poder que os despreza e maltrata e muitos também os que, sem saberem porquê, lhe fazem respeitosa e submissa vénia.
A única forma, dentro da democracia, de romper com esta triste escuridão em que, com excepção de uns tantos privilegiados, fomos levados a viver, é o VOTO, que nos espera no próximo Domingo.
Desde que o neoliberalismo cego do PSD (traidor do pensamento e da prática social democrata que lhe deu nascimento) tomou conta dos nossos destinos, amparado nesta actual muletazinha conhecida pela sigla CDS-PP, vai para quatro anos, os portugueses assistem, resignados e pacificamente, ao retrocesso social e cultural imposto, insisto em dizer, por uma União Europeia cada vez mais afastada dos princípios que a fundaram.
As conquistas na segurança social, nos cuidados de saúde, na ciência, no ensino e no apoio à cultura conseguidas na vivência em democracia que se seguiu à Revolução dos Cravos estão a fugir da nossa vida colectiva como areia por entre os dedos.
Perdemos uma parte significativa da independência nacional e assistimos à asfixia e destruição de muitas das nossas valências económicas. Estamos a viver tempos de miséria e, até, de fome para um número cada vez maior de famílias, de miserável abandono dos idosos, de corrupção descarada e impune e de aumento do número e da riqueza dos ricos. A chamada classe média está a afundar-se, o desemprego tornou-se uma realidade dramática dos que já não conseguem encontrar um posto de trabalho e é um incentivo crescente à igualmente dramática emigração de uma juventude que a democratização do ensino qualificou a níveis nunca antes conseguidos.
Perante esta realidade o único voto desejável é o que afaste do poder os que, com base na mentira, nos tem conduzido neste lamentável caminho. E esse voto, no momento que estamos a viver, em que as esquerdas não se entendem, e para pôr fim a esta infelicidade só pode ser o voto no PS.
O meu voto sempre foi à esquerda deste partido, onde militam cidadãos que muito respeito a par de outros que “não tanto assim” e que tem responsabilidades na situação que tanto nos aflige. Como cidadão independente, liberto de fidelidades aos aparelhos partidários, disciplina que sempre rejeitei, vou votar no António Costa, que conheço bem e que reputo de Homem generoso, de palavra e de muita competência para o cargo de Primeiro-Ministro nos tempos que se avizinham e que, como todos sabemos, continuarão a ser difíceis mas que desejamos sejam respeitadores da dignidade dos portugueses.
Depoimento de Maria do Rosário Gama
Há momentos em que é preciso fazer escolhas determinantes para o futuro do país, principalmente quando estão em causa valores e princípios ameaçados, como nunca estiveram nos 40 anos do regime democrático.
A opção é muito clara: ou continuamos com um governo que privilegia a alta finança, que é submisso à Europa dos poderosos, que conduziu o país à maior crise de pobreza, desânimo e medo, comparável aos anos antes do 25 de Abril, ou temos a oportunidade histórica de ter pela primeira vez uma frente de esquerda, com o único candidato que tem capacidade de fazer pontes, e que pode devolver aos portugueses a esperança num país melhor e mais justo.
Depoimentos vídeo
Eduardo Souto Moura – Arquiteto
José Couceiro – Treinador
Marco Fortes – Atleta olímpico
Rosa Mota – Ex-atleta e campeã olímpica
Laura Soutinho – Galerista
Raquel Seruca – Investigadora e professora
Fernando Aguiar Branco – Pres. da Fund. António de Almeidan
José António Barros – Pres. Assembleia Geral da AEP
Teresa Lago – Professora catedrática
Francis Obikwelu – Atleta olímpico
Tiago Guedes – Diretor Teatro Rivoli
António Pires – Encenador
João Gil – Músico
Raquel Prates – Empresária
João Botelho – Realizador