Permanência da coleção Berardo no CCB é boa notícia para o país

O Centro Cultural de Belém (CCB) vai continuar a albergar as obras da coleção Joe Berardo. O acordo, anunciado pelo ministro da Cultura, que mantém as mais de 900 obras no CCB, foi já assinado entre a Fundação Joe Berardo e o Estado português.

Manifestando satisfação com o resultado atingido neste acordo, entre o Governo e a Fundação Berardo, Luís Filipe de Castro Mendes elogiou a atmosfera de colaboração em que decorreram as negociações, lembrando que, contrariamente a todas as “previsões catastrofistas”, que apontavam para a saída iminente da coleção Berardo do CCB, elas vão “continuar aqui”, exatamente nas “mesmas condições”, ou até, como fez questão se sublinhar, “em melhores condições do que aquelas que foram definidas em 2006”.

O governante teve ainda ocasião de referir que o acordo, hoje assinado, dia 23 de novembro, abre uma nova perspetiva de estabilidade nas relações entre a Fundação Berardo e o Estado, uma vez que este novo protocolo, como salientou o governante, determina uma “renovação automática”, salvo, como referiu, se houver uma “denúncia de uma das partes”, recordando, a propósito, que o acordo anterior era “apenas por seis anos”, que terminavam agora.

Quanto à manutenção ou não da gratuitidade das entradas, como foi prática durante estes seis anos de permanência da coleção Berardo no CCB, Luís Filipe de Castro Mendes referiu que a decisão caberá à Fundação Berardo, lembrando que o acordo estabelece a garantia de que as entradas sejam gratuitas uma vez por semana.

O ministro lembrou ainda que o Estado manterá a opção de compra da coleção, composta por cerca de 900 obras, decisão que, segundo o titular da pasta da Cultura, “dependerá de uma avaliação que será feita no momento em que qualquer uma das partes decida revogar o acordo”.