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Peneda-Gerês vai receber projeto-piloto de prevenção a incêndios

Peneda-Gerês vai receber projeto-piloto de prevenção a incêndios

Serviços essenciais com fornecimento garantido

O Parque Nacional Peneda-Gerês, que integra os municípios de Ponte da Barca, Arcos de Valdevez, Melgaço, Montalegre e Terras de Bouro, vai acolher um projeto-piloto de prevenção de incêndios florestais, num investimento de 3,4 milhões de euros. O anúncio foi feito pelo ministro do Ambiente, após a reunião que manteve com os autarcas dos cinco municípios.

João Matos Fernandes revelou que o projeto-piloto, que será apresentado até final de outubro, contemplará o reforço de até 10 novas equipas de sapadores florestais, acrescendo às 12 já existentes. No total, o governante estimou que serão contratados mais 50 sapadores florestais, a “recrutar e formar no território dos cinco concelhos”.

Na ocasião, o ministro afirmou também que será “aberto um aviso no âmbito do Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR), com uma dotação inicial de cinco milhões de euros, para pôr em marcha um plano de valorização” do Parque Nacional Peneda-Gerês, Reserva Mundial da Biosfera desde 2009.

Matos Fernandes referiu que os projetos “já têm uma componente de prevenção de incêndios, mas vão para além disso e passam muito pela melhoria das condições de vida no parque”.

Recuperar tempo perdido na gestão florestal

Também em matéria de gestão da área florestal do país, o secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, por seu lado, sublinhou a necessidade de inverter uma intervenção ainda deficitária, preconizando o envolvimento das diferentes entidades, com destaque para o papel das autarquias, e a promoção de boas práticas de gestão.

No concelho de Pombal, onde a autarquia local apresentou um projeto inovador de gestão florestal municipal, Amândio Torres defendeu ainda, complementarmente, os incrementos de gestão técnica nas áreas baldias e a constituição de zonas de intervenção florestal (ZIF), “com vista à sua evolução para outras formas associativas”.

“É também necessário que se envolvam as indústrias de base florestal para que aumentem as áreas sob sua gestão, porque com o seu saber e competência já demonstraram, em diversos momentos, que podem, de forma positiva e proativa, ampliar as superfícies de floresta com boas práticas de gestão, que importa desenvolver”, acrescentou.

O governante assinalou ainda que, apesar de tudo, é já possível identificar sinais positivos no sentido de uma gestão florestal mais equilibrada. “Estamos hoje num momento de viragem, em que a evidência dos factos demonstrou que a febre de plantar sem gerir conduz à rutura de um flanco muito permeável à reação dos ecossistemas”, referiu.

(in Acção Socialista)