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Pedro Silva Pereira: “haja sentido de Estado e sentido do interesse nacional”

Pedro Silva Pereira: “haja sentido de Estado e sentido do interesse nacional”

Pedro Silva Pereira apelou hoje para que não se faça na “praça pública” a discussão interpartidária no processo negocial sobre a ajuda externa.

Pedro Silva Pereira falava aos jornalistas depois de José Sócrates, ter recebido em São Bento os partidos da oposição sobre o processo negocial que o Governo fará com o Fundo de Europeu de Estabilização Financeira e o Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre a ajuda externa.
De acordo com o ministro da Presidência, nestes encontros, o Governo pediu aos partidos para que lhe indicassem os seus interlocutores nas negociações internas e, apesar de Portugal se preparar para uma campanha eleitoral, pediu também discrição nessas conversações.
“Nesta matéria, deverá haver um especial sentido de Estado e sentido do interesse nacional. A reserva quanto ao decurso das negociações favorece os interesses do país e uma negociação na praça pública, como os portugueses compreenderão, é prejudicial aos interesses nacionais”, sustentou.
Pedro Silva Pereira deixou depois um apelo aos partidos para que “haja sentido de Estado e sentido do interesse nacional”.
“Iniciaram-se os contactos com a troika internacional e estamos numa fase preliminar de avaliação técnica da situação. Neste momento em que as autoridades portuguesas dialogam com as instituições internacionais, ver partidos na praça pública a pôr em causa a transparência das contas públicas portuguesas sem nenhum fundamento não é o melhor contributo para que possa prevalecer na negociação o interesse nacional”, insistiu.
Pedro Silva Pereira afirmou ainda, que “o empenho do Governo é que se responda à inquietação natural das pessoas neste processo negocial, que o Governo liderará como lhe compete para proteger os interesses dos portugueses”.
Pedro Silva Pereira sustentou ainda, que as contas públicas portuguesas “são inteiramente transparentes” e criticou o líder do PSD por usar expressões impróprias antes de Portugal iniciar uma negociação internacional como “esqueletos escondidos no armário”.
“As contas públicas portuguesas são inteiramente transparentes e conhecidas”, sendo “auditadas por entidades independentes, reportadas internacionalmente pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e verificadas pelo eurostat. A insistência por parte do PSD no sentido de se verificar alguma falta de transparência nas contas públicas, a insistência em expressões no mais impróprio dos momentos – como esqueletos no armário ou gatos escondidos com rabo de fora – não são contributos à altura das exigências do país e do sentido do interesse nacional”, respondeu o ministro da Presidência.
Pedro Silva Pereira garante que o Governo “está disponível para prestar toda a informação, mas a informação das contas públicas portuguesas é transparente e conhecida das instâncias internacionais”.