“Há uma certeza que nós temos, o PS conseguirá proporcionar ao país estabilidade, estabilidade política. A direita não pode dizer o mesmo”, sustentou o líder socialista, intervindo no primeiro comício de pré-campanha para as legislativas de 10 de março, na capital algarvia.
Pedro Nuno Santos apontou, neste sentido, que a direita se apresenta ao país como uma “bagunça” e que o presidente do PSD, Luís Montenegro não se mostra capaz de liderar o seu próprio campo político.
“André Ventura quer Luís Montenegro, Luís Montenegro prefere Rui Rocha, Luís Montenegro e Rui Rocha não querem André Ventura. A direita é a bagunça, só que essa bagunça teria consequências em Portugal se por acaso eles tivessem a vitória”, disse, advertindo para as consequências que tal implicaria para o país na estabilidade económica e social que os portugueses desejam ver assegurada, na execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) ou na imagem externa de Portugal.
Revisitando o debate político com Luís Montenegro, o líder do PS voltou a lamentar que o seu adversário persista em mentir sobre o corte nas pensões, observando também o sinal de impreparação de quem lidera o principal partido da direita, ao mostrar não saber quanto custa ao país o seu próprio programa eleitoral.
“O líder do PSD mostrou que não sabe sequer quanto custa o seu programa. Pois nós voltaremos a repetir: são 16.500 milhões de euros de perda de receita fiscal em quatro anos, são 23.500 milhões de euros o buraco orçamental do programa do PSD”, sublinhou.
Pedro Nuno Santos acusou ainda o líder do PSD de irresponsabilidade orçamental, por prometer o que sabe “que não é possível, enganando o povo mais uma vez”.
Num comício muito participado, onde intervieram também Isilda Gomes, presidente dos autarcas socialistas, o antigo governante João Cravinho e a cabeça-de-lista socialista pelo círculo de Faro, Jamila Madeira, o Secretário-Geral do PS abordou, igualmente, os principais desafios que a região do Algarve enfrenta, em matéria de saúde, destacando aqui a justa ambição dos algarvios em ver concretizada a construção do Hospital Central do Algarve, a educação e a habitação, a par do turismo, da diversificação da economia, de uma agricultura forte e do combate à situação de seca que assola a região.
Pedro Nuno Santos defendeu ainda a importância de fazer a ligação da linha ferroviária ao corredor mediterrânico, conseguindo que se chegue de França e de Espanha ao Algarve por comboio, assumindo também o compromisso de resolver definitivamente o litígio das obras na Estrada nacional (EN) 125, requalificando toda esta ligação rodoviária.
“Temos a vontade e a ambição. Quando nós confiamos nos portugueses e nas regiões, não são só as regiões que ganham, é Portugal inteiro que ganha”, concluiu o líder socialista.