No final da vista que realizou, ontem, a uma esquadra da PSP do Barreiro, distrito de Setúbal, o Secretário-Geral do PS fez notar que as alterações na tabela de retenções do IRS foram feitas “porque o Governo da AD tinha a expetativa de umas eleições antecipadas” e porque “Luís Montenegro governa só a pensar em eleições”.
“Eu tive a oportunidade de dizer, no dia 28 de agosto, citando fiscalistas, que aquela alteração nas tabelas de retenção na fonte iria fazer com que no ano seguinte houvesse menos reembolsos ou desse mesmo lugar a pagamentos”, lembrou o líder socialista, explicando que a redução deste imposto “implica uma alteração da tabela de retenção da fonte” e não apenas “que se faça uma alteração da tabela de retenção da fonte para lá daquilo que está justificado”.
Pedro Nuno Santos criticou também a forma calculista de governar do atual executivo da AD, quando, através do Ministério da Saúde, foi dada indicação para que se procedesse, já na próxima semana, ao pagamento de salários aos médicos, com aumentos incluídos, algo que, em condições normais, só deveria acontecer em maio.
“Há um padrão de comportamento deste líder do Governo português, que é Luís Montenegro. E hoje o exemplo é esta antecipação dos pagamentos aos médicos”, deplorou, vincando que “a única motivação para estas decisões é eleitoral”.
Chamando ao combate contra este recurso recorrente a manobras ilusórias para angariar votos, Pedro Nuno Santos voltou assim a desmascarar a tentativa de engano que insiste e persiste na gestão política de Luís Montenegro.
“Isto não é aceitável num político e temos mesmo de condenar esta forma de manipulação, de tentativa de enganar persistentemente de Luís Montenegro na sua gestão política”, enfatizou o Secretário-Geral do PS.