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Pedro Nuno Santos: PS não vai começar do zero

Pedro Nuno Santos: PS não vai começar do zero

Pedro Nuno Santos sublinhou ontem que, no novo ciclo político, o Partido Socialista não vai começar do zero, porque tem trabalho feito, “mas a direita teria de começar do zero se ganhasse as eleições”.

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Manifestando orgulho no legado dos últimos oito anos de governação do PS, Pedro Nuno Santos, que discursava no jantar de Natal do Grupo Parlamentar do Partido Socialista, admitiu que “não está tudo bem”, mas asseverou que “não vamos começar do zero, nós não precisamos de começar o zero”, sendo imperativo “continuar o trabalho que foi iniciado e de concretizar muitas das sementes que foram lançadas”.

“Nós não começamos do zero, mas a direita teria de começar do zero se ganhasse as eleições. Teria de começar do zero, porque eles não concordaram e não concordam com o caminho que nós percorremos”, frisou.

O Secretário-Geral do Partido Socialista, eleito no último fim-de-semana, que recebeu uma ovação em pé da sala, assegurou que a direita não teria subido nem as pensões, nem o salário mínimo nacional e teria deixado a habitação para o mercado. “Em vez de um país para todos, nós teríamos um país de vencidos e de vencedores, teria sido esse o legado que o PSD teria deixado ao país”, indicou.

Pedro Nuno Santos lamentou também que a direita democrática queira competir no “linguajar com a extrema-direita”, sendo hoje “pouco o que distingue do ponto de vista discursivo o líder do PSD do líder do Chega”.

Dirigindo-se depois a António Costa, Pedro Nuno Santos garantiu que a dívida que o Partido Socialista tem para com o primeiro-ministro “é infinita, é eterna”, recebendo uma longa ovação. E não deixou de salientar que António Costa foi o primeiro líder do PS “que quis derrubar os muros com uma parte do sistema partidário”, rejeitando o “conceito de arco da governação”.

PSD ainda não percebeu que o país o rejeitou há 8 anos

O Secretário-Geral do PS acusou em seguida Pedro Passos Coelho de ter ofendido o primeiro-ministro: “O antigo líder do PSD, Pedro Passos Coelho, faz hoje uma declaração ao país para dizer duas coisas. Uma delas para ofender pessoalmente o primeiro-ministro português. Nós não vamos perder tempo em responder às ofensas de Pedro Passos Coelho”.

“Nós percebemos que ele nunca percebeu que, há oito anos, a maioria do povo português rejeitou e chumbou a sua governação”, assinalou.

“O segundo grande objetivo foi para defender um entendimento do PSD com o Chega”, algo que “não é nenhuma novidade”, porque “já tínhamos assistido ao que o PSD fez nos Açores”, criticou.

Para Pedro Nuno Santos, “o líder do PSD, que não consegue assumir ao que vem e o que quer fazer caso não consiga condições para governar, é um líder do PSD que também não consegue decidir”.

Luís Montenegro “está ainda na oposição e na oposição mostra a hesitação e a incapacidade de decidir”, sustentou o Secretário-Geral do PS, que exemplificou com a localização do novo aeroporto de Lisboa e as questões da alta velocidade.

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